sexta-feira, março 26, 2004
MONO NA GALERIA ZÉ DOS BOIS - 26 DE MARÇO DE 2004
Ir ouvir um concerto de rock, com guitarras ao alto, com os pulmões a vibrar, é um sentimento especial para quem já assistiu a muitos concertos. É uma sensação de conforto, como o que uma criança sente quando passa um fim de semana fora e depois volta para o seu quarto, junto dos pais, mesmo se o quarto não é nada de especial ou que no fundo lhe apetecesse mais estar com os amigos. É uma atitude simultaneamente comodista, nostalgica e confortável. E foi um pouco isto que senti ontem no concerto dos Mono. Da alternância de cópias chapadas de temas dos godspeed you black emperor! e Mogwai, retirei o meu prazer quando as guitarras tocavam alto, quando a bateria massacrava o cerebro com a sua batida semi-infernal. Nada de novo, portanto, o prazer aqui tinha muito pouco a ver com o facto de se estar a assistir a um concerto verdadeiramente bom. Até que, subitamente, fui atingido por uma vaga de sons, que me fez sentir como se tivesse sido atirado ao chão. O último instrumental dos Mono foi uma cavalgada que me fez lembrar os instrumentais infernais dos Magma (banda francesa de rock progressivo dos anos 70), com uma batida marcial e guitarras altas, muito altas! Acabei em extase e a pensar porque raios é que eles só têm uma música assim. Era muito mais cool se eles fossem eles próprios como foram nesse tema, em vez de copiarem vezes sem conta os seus "mestres".
Ir ouvir um concerto de rock, com guitarras ao alto, com os pulmões a vibrar, é um sentimento especial para quem já assistiu a muitos concertos. É uma sensação de conforto, como o que uma criança sente quando passa um fim de semana fora e depois volta para o seu quarto, junto dos pais, mesmo se o quarto não é nada de especial ou que no fundo lhe apetecesse mais estar com os amigos. É uma atitude simultaneamente comodista, nostalgica e confortável. E foi um pouco isto que senti ontem no concerto dos Mono. Da alternância de cópias chapadas de temas dos godspeed you black emperor! e Mogwai, retirei o meu prazer quando as guitarras tocavam alto, quando a bateria massacrava o cerebro com a sua batida semi-infernal. Nada de novo, portanto, o prazer aqui tinha muito pouco a ver com o facto de se estar a assistir a um concerto verdadeiramente bom. Até que, subitamente, fui atingido por uma vaga de sons, que me fez sentir como se tivesse sido atirado ao chão. O último instrumental dos Mono foi uma cavalgada que me fez lembrar os instrumentais infernais dos Magma (banda francesa de rock progressivo dos anos 70), com uma batida marcial e guitarras altas, muito altas! Acabei em extase e a pensar porque raios é que eles só têm uma música assim. Era muito mais cool se eles fossem eles próprios como foram nesse tema, em vez de copiarem vezes sem conta os seus "mestres".
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