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terça-feira, março 30, 2004

O ROCK VIVE

Está a ser um óptimo inicio de ano para o rock. Não por causa dos novos herois do pop-rock Franz Ferdinand (que tomaram o lugar dos muito mais interessantes Strokes), mas porque a música de um certo rock experimental com origem nos EUA se tornou mais acessível tanto ao nível do som, como ao nível da disponibilidade dos álbuns (tanto para comprar, como para sacar do soulseek).

Dois exemplos:

BLONDE REDHEAD "MISERY IS A BUTTERFLY"



Estes são de Nova Iorque, e já andam a fazer música há muitos anos. Agora surgiu um contrato com a mítica editora 4AD (Pixies, Throwing Muses, Dead Can Dance...), e começam já a ser uma referência para muita gente (são uma óbvia referência dos Deerhoof, que irão ser referidos brevemente), e já há aquele cheirinho a banda lutadora que conseguiu reclamar o seu lugar após muita persistência. Eles cá estão! E cá está um belo álbum, feito de canções que tanto me lembram os Sonic Youth como me lembram os Stereolab, e que mais parece uma banda europeia apesar de serem americanos e da cantora ter origem japonesa. Melting pot de culturas? Nem tanto, nos tempos da globalização já não há grandes diferenças entre jovens de diferentes paises. Mas, e aqui está, é o suficiente para tudo isto soar a uma brisa fresca que entra pela janela.

ONEIDA "SECRET WARS"



Estes gajos também já são cotas. E que evolução desde o outro álbum que ouvi deles, o "Anthem of the Moon"! Agora as canções são contagiantes, a batida insindiosa e continuam a fazer barulho! Alguém falou em Liars? Eles falaram, os Oneida tiveram recentemente colaborações com os Liars e os 25 Suaves, em EPs partilhados. E os paralelismos com o último trabalho dos Liars é realmente grande, e significa acima de tudo uma coisa: finalmente o rock com guitarras foi devolvido ao seu lugar, onde a experimentação/inovação está fortemente ligada a uma forte consciência do passado e a uma capacidade de nos mexer nas entranhas. O rock é físico, os Oneida são físicos, quando ouço o "Secret Wars" revolvem-me as entranhas, apetece-me saltar e ainda tenho tempo para pensar nas letras vagamente anti-guerra deste álbum.
Ah, tem uma canção chamada "Cesar's column"!

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