quarta-feira, outubro 13, 2004
Mira Calix "3 Commissions" (Warp, 2004)
Num ano em que a editora Warp tem estado pouco activa, com poucas edições significativas, eis que ressurge com um pequeno álbum da Mira Calix, produtora de origem sul-africana que já lançou vários discos nesta editora. Até agora a Mira Calix produziu álbuns como "One to one" sem o tipo de personalidade forte que caracteriza produtores como o Aphex Twin ou os Autechre, navegando nas águas calmas do estilo idm. Sem grandes rasgos, mas de forma competente.
Neste novo álbum, contudo, muita coisa mudou. Resultado de uma colaboração com a London Sinfonietta e com os insectos do jardim do Barbican em Londres (!), estes três temas foram apresentados em galerias de arte e mostram uma produtora muito mais segura e arrojada que baste. Partindo de gravações de campo (justamente o som dos insectos), a Mira Calix deixou contaminar esses sons com suaves melodias electrónicas. Com uma lado hipnotizante e relaxante (muitos amantes de New Age eram capazes de gostar disto), mas também de uma forma doce e ritual. E também com algo de sintético e obscuro, a lembrar o EP "Gobi, the Desert" dos Monolake: estas paisagens mostram insectos a serem vistos através de um ecran de TV de alta definição. Talvez sejam robots como os do filme AI. Seja como for, é um álbum incomum, com pontos de contacto com variadas sonoridades, entre o ambientalismo de um Biosphere e a introspecção da Colleen.
Num ano em que a editora Warp tem estado pouco activa, com poucas edições significativas, eis que ressurge com um pequeno álbum da Mira Calix, produtora de origem sul-africana que já lançou vários discos nesta editora. Até agora a Mira Calix produziu álbuns como "One to one" sem o tipo de personalidade forte que caracteriza produtores como o Aphex Twin ou os Autechre, navegando nas águas calmas do estilo idm. Sem grandes rasgos, mas de forma competente.
Neste novo álbum, contudo, muita coisa mudou. Resultado de uma colaboração com a London Sinfonietta e com os insectos do jardim do Barbican em Londres (!), estes três temas foram apresentados em galerias de arte e mostram uma produtora muito mais segura e arrojada que baste. Partindo de gravações de campo (justamente o som dos insectos), a Mira Calix deixou contaminar esses sons com suaves melodias electrónicas. Com uma lado hipnotizante e relaxante (muitos amantes de New Age eram capazes de gostar disto), mas também de uma forma doce e ritual. E também com algo de sintético e obscuro, a lembrar o EP "Gobi, the Desert" dos Monolake: estas paisagens mostram insectos a serem vistos através de um ecran de TV de alta definição. Talvez sejam robots como os do filme AI. Seja como for, é um álbum incomum, com pontos de contacto com variadas sonoridades, entre o ambientalismo de um Biosphere e a introspecção da Colleen.
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