quarta-feira, novembro 03, 2004
Brokenhearted Dragonflies: Insect Electronica from Southeast Asia (Sublime Frequencies, 2004)
A Sublime Frequencies é uma editora conhecida pelas suas gravações de campo em países não-ocidentais como Marrocos, India ou Cambodja, organizadas de uma forma aparentemente caótica, mas que são um verdadeiro assalto ao cerebro. Um caleidoscópio de sons e imagens cerebrais, algures entre as memórias de uma viagem, um filme indiano e a captação de transmissões marroquinas num rádio de onda curta. É igualmente uma visão ocidentalizada do estranho, e se calhar só faz mesmo sentido para os ouvidos de um ocidental não habituado a ser assaltado por aqueles sons noite e dia. "Brokenhearted Dragonflies", contudo, é uma história diferente. Graeme Revell, em 1994, editou um trabalho chamado "Insect Musicians/Necropolis", um estranho trabalho feito a partir do som de insectos. Já este ano, a Mira Calix aproveitou o som dos insectos do Barbican em Londres para fazer o "3 Commissions" já falado neste blog. Agora é a vez da Sublime Frequencies entrar em jogo com este trabalho:
There is a legend in Burma stating that swarms of male dragonflies gather to join in choruses of high-pitched tones to court their mates. The ones that don’t succeed in mating eventually scream so loud that their chests explode and they drop dead to the ground. These recordings are a tribute to this legend. Droning cicadas, dragonflies and other insects display their charm as masters of the High Frequency Airwaves recorded live and unprocessed by Tucker Martine in the lush settings of Laos, Thailand, and Burma. Enter the supernatural world where Entomology and Electronica converge in a tropical hallucination of alien sound. Anyone who’s ever wondered if these strange symphonies could be recorded or preserved AS precisely as they sound in the field need look no further! Martine has done it and you will be transported to the exact experience one would encounter in these mysterious lowlands. Liner notes by Hakim Bey!
Eu decidi entrar neste mundo, e de facto não é à toa que se fala numa alucinação tropical. Mas também não deixa de ser intrigante o objectivo da Sublime Frequencies: mais do que nos dar a conhecer o mundo, a escolha aqui joga mais pelo lado da recolha de sons que nos guia para uma espécie de catarse hipnótica. Isto simplesmente limpa o cerebro. Mais do que qualquer conceito que possa existir à volta destas gravações, este álbum não é constituído por frequências sublimes mas sim por frequências que nos levam ao transe.
Este é um disco verdeiramente estranho, mas também fascinante.
A Sublime Frequencies é uma editora conhecida pelas suas gravações de campo em países não-ocidentais como Marrocos, India ou Cambodja, organizadas de uma forma aparentemente caótica, mas que são um verdadeiro assalto ao cerebro. Um caleidoscópio de sons e imagens cerebrais, algures entre as memórias de uma viagem, um filme indiano e a captação de transmissões marroquinas num rádio de onda curta. É igualmente uma visão ocidentalizada do estranho, e se calhar só faz mesmo sentido para os ouvidos de um ocidental não habituado a ser assaltado por aqueles sons noite e dia. "Brokenhearted Dragonflies", contudo, é uma história diferente. Graeme Revell, em 1994, editou um trabalho chamado "Insect Musicians/Necropolis", um estranho trabalho feito a partir do som de insectos. Já este ano, a Mira Calix aproveitou o som dos insectos do Barbican em Londres para fazer o "3 Commissions" já falado neste blog. Agora é a vez da Sublime Frequencies entrar em jogo com este trabalho:
There is a legend in Burma stating that swarms of male dragonflies gather to join in choruses of high-pitched tones to court their mates. The ones that don’t succeed in mating eventually scream so loud that their chests explode and they drop dead to the ground. These recordings are a tribute to this legend. Droning cicadas, dragonflies and other insects display their charm as masters of the High Frequency Airwaves recorded live and unprocessed by Tucker Martine in the lush settings of Laos, Thailand, and Burma. Enter the supernatural world where Entomology and Electronica converge in a tropical hallucination of alien sound. Anyone who’s ever wondered if these strange symphonies could be recorded or preserved AS precisely as they sound in the field need look no further! Martine has done it and you will be transported to the exact experience one would encounter in these mysterious lowlands. Liner notes by Hakim Bey!
Eu decidi entrar neste mundo, e de facto não é à toa que se fala numa alucinação tropical. Mas também não deixa de ser intrigante o objectivo da Sublime Frequencies: mais do que nos dar a conhecer o mundo, a escolha aqui joga mais pelo lado da recolha de sons que nos guia para uma espécie de catarse hipnótica. Isto simplesmente limpa o cerebro. Mais do que qualquer conceito que possa existir à volta destas gravações, este álbum não é constituído por frequências sublimes mas sim por frequências que nos levam ao transe.
Este é um disco verdeiramente estranho, mas também fascinante.
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