sexta-feira, janeiro 28, 2005
Dead Combo vs. Dead Combo @ ZdB, 27 de Janeiro de 2004
A noite era fria, mas de alguma forma a Zé dos Bois parece sempre quente apesar de ter muito espaço aberto... o facto de estar lotada claro que ajudou a aumentar a temperatura. Foi com uma sala apinhada que os portugueses Dead Combo apareceram, sem grandes tretas. Trouxeram o facto de domingo, pegaram na guitarra e contra-baixo, disseram o nome de alguns temas e começaram a tocar. E palavras para quê? A música dos Dead Combo não precisa de muitas palavras, ela explica-se por si só, é essa uma das grandes magias deste duo nacional. Tó Trips toca muitas vezes a citar a forma de tocar do Carlos Paredes, e isto numa guitarra electrica cria uma ressonancia no imaginário como se entrassemos num mundo onde o Carlos Paredes tocou um dia com o Jimi Hendrix. Já muito se falou na excelencia de temas como "Electrica Cadente", talvez se tenha falado menos na subtileza e elegância de temas como "A menina dança?" e "Paredes Ambience", ou na aspereza desertica de "Cacto". Ao vivo tudo soa mais electrico, e é absolutamente imprescindivel ver os portugueses de muito perto... os Dead Combo portugueses não foram feitos para se ouvir com barulheira, exigem alguma concentração. A recompensa é imensa.
Os finlandeses... err... pois... sim, claro... erm... Grande... grande... hmmm... como descrever um dos piores concertos que já assisti?! Primeiro nunca mais começavam, completamente embriagados de vodka absolut, procuravam ajustar à última hora o som enquanto o vocalista tentava improvisar umas "piadas" (!) enquanto distribuia vodka pela assistência. Vodka, muito vodka. Depois de algum tempo começou o "concerto" (!). A pose era decalcada dos Suicide, a música era uma miscelania de Suicide, EBM e electropop dos anos 80. Mas muito mal tocada, baseada apenas nuns quantos samples poderosos e barulhentos, sem nada a acompanhar. O vocalista lá tentava dar uns ares de cantor maldito... sem sucesso. Parecia uma caricatura dos Suicide. Alguém atrás de mim gritou "BIFANA!". Eu ria-me imenso. Foi um mau concerto, mas diverti-me um bocado com o amadorismo daqueles tipos. Nova Iorque está doida, tanto alberga coisas como LCD Soundsystem como dá abrigo a estes Dead Combo finlandeses.
À saída a noite continuava fria, a música dos Dead Combo portugueses ressoava na cabeça e a figura triste dos finlandeses ainda era motivo de riso.
A noite era fria, mas de alguma forma a Zé dos Bois parece sempre quente apesar de ter muito espaço aberto... o facto de estar lotada claro que ajudou a aumentar a temperatura. Foi com uma sala apinhada que os portugueses Dead Combo apareceram, sem grandes tretas. Trouxeram o facto de domingo, pegaram na guitarra e contra-baixo, disseram o nome de alguns temas e começaram a tocar. E palavras para quê? A música dos Dead Combo não precisa de muitas palavras, ela explica-se por si só, é essa uma das grandes magias deste duo nacional. Tó Trips toca muitas vezes a citar a forma de tocar do Carlos Paredes, e isto numa guitarra electrica cria uma ressonancia no imaginário como se entrassemos num mundo onde o Carlos Paredes tocou um dia com o Jimi Hendrix. Já muito se falou na excelencia de temas como "Electrica Cadente", talvez se tenha falado menos na subtileza e elegância de temas como "A menina dança?" e "Paredes Ambience", ou na aspereza desertica de "Cacto". Ao vivo tudo soa mais electrico, e é absolutamente imprescindivel ver os portugueses de muito perto... os Dead Combo portugueses não foram feitos para se ouvir com barulheira, exigem alguma concentração. A recompensa é imensa.
Os finlandeses... err... pois... sim, claro... erm... Grande... grande... hmmm... como descrever um dos piores concertos que já assisti?! Primeiro nunca mais começavam, completamente embriagados de vodka absolut, procuravam ajustar à última hora o som enquanto o vocalista tentava improvisar umas "piadas" (!) enquanto distribuia vodka pela assistência. Vodka, muito vodka. Depois de algum tempo começou o "concerto" (!). A pose era decalcada dos Suicide, a música era uma miscelania de Suicide, EBM e electropop dos anos 80. Mas muito mal tocada, baseada apenas nuns quantos samples poderosos e barulhentos, sem nada a acompanhar. O vocalista lá tentava dar uns ares de cantor maldito... sem sucesso. Parecia uma caricatura dos Suicide. Alguém atrás de mim gritou "BIFANA!". Eu ria-me imenso. Foi um mau concerto, mas diverti-me um bocado com o amadorismo daqueles tipos. Nova Iorque está doida, tanto alberga coisas como LCD Soundsystem como dá abrigo a estes Dead Combo finlandeses.
À saída a noite continuava fria, a música dos Dead Combo portugueses ressoava na cabeça e a figura triste dos finlandeses ainda era motivo de riso.
Comments:
Nice site!
[url=http://gwsetsia.com/njcr/pwkc.html]My homepage[/url] | [url=http://upzzcikr.com/cyez/jxfr.html]Cool site[/url]
Enviar um comentário
[url=http://gwsetsia.com/njcr/pwkc.html]My homepage[/url] | [url=http://upzzcikr.com/cyez/jxfr.html]Cool site[/url]