terça-feira, dezembro 27, 2005
(3) commentssexta-feira, dezembro 16, 2005
30 discos de 2005 - as minhas escolhas dos álbuns
2005 está prestes a chegar ao fim, e chegou o tempo das inumeráveis listas. A minha escolha (pessoal, como é natural) é também um balanço, de um ano marcado por belas edições de editoras como a Leaf e a Raster-Noton. Resta dizer que muitos álbuns ficaram de fora, álbuns que mereciam igualmente destaque. Resta a minha esperança de que outros o façam. Escolher os "melhores" é impossivel, mas escolher os que mais nos marcam é sempre possível. Por isso aqui vão eles:
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2005 está prestes a chegar ao fim, e chegou o tempo das inumeráveis listas. A minha escolha (pessoal, como é natural) é também um balanço, de um ano marcado por belas edições de editoras como a Leaf e a Raster-Noton. Resta dizer que muitos álbuns ficaram de fora, álbuns que mereciam igualmente destaque. Resta a minha esperança de que outros o façam. Escolher os "melhores" é impossivel, mas escolher os que mais nos marcam é sempre possível. Por isso aqui vão eles:
1 | - | Colleen | - | The Golden Morning Breaks | - | Leaf |
2 | - | Animal Collective | - | Feels (limited edition) | - | Fat Cat |
3 | - | Alva Noto | Transall Cycle | - | Raster-Noton | |
4 | - | Carlos Bica | - | Single | - | Bor Land |
5 | - | Murcof | - | Remembranza | - | Leaf |
6 | - | Boards of Canada | - | The Campfire Headphase | - | Warp |
7 | - | Gang Gang Dance | - | God's Money | - | The Social Registry |
8 | - | Icarus | - | Carnivalesque | - | not applicable |
9 | - | Biosphere | - | Dropsonde | - | Touch |
10 | - | Deaf Center | - | Pale Ravine | - | Type |
11 | - | Buck 65 | - | Secret House Against the World | - | Warner |
12 | - | AGF/Delay | - | Explode | - | AGF PRODUCKTION |
13 | - | Monolake | - | polygon_cities | - | monolake |
14 | - | KTU | - | 8 Armed Monkey | - | Rockadillo |
15 | - | Low | - | The Great Destroyer | - | Rough Trade |
16 | - | Andrew Pekler | - | Strings + Feedback | - | Staubgold |
17 | - | Ali Farka Touré & Toumani Diabaté | - | In the heart of the moon | - | World Circuit |
18 | - | Jan Jelinek | - | Kosmischer Pitch | - | ~scape |
19 | - | Autechre | - | Untilted | - | Warp |
20 | - | Six Organs of Admittance | - | School of the Flower | - | Drag City |
21 | - | Vladislav Delay | - | The Four Quarters | - | huume |
22 | - | Kubik | - | Metamorphosia | - | Zounds Records |
23 | - | Alva Noto + Ryuichi Sakamoto | - | insen | - | Raster-Noton |
24 | - | Mark Fell | - | Ten Types of Elsewhere | - | 12K |
25 | - | Harmonic 33 | - | Music for Films, Television & Radio Volume One | - | Warp |
26 | - | F.S. Blumm | - | Zweite Meer | - | Morr Music |
27 | - | Marc Leclair | - | Musique pour 3 femmes enceintes | - | Mutek |
28 | - | Iris Garrelfs | - | Specified Encounters | - | Bip_Hop |
29 | - | Jane | - | Berserker | - | Paw Tracks |
30 | - | Autechre & The Hafler Trio | - | aeo3 3hae | - | Die Stadt |
terça-feira, dezembro 06, 2005
Biosphere "Dropsonde" (Touch, 2005)
Dropsonde é um instrumento usado para estudos metereologicos. Basicamente é uma sonda com um pequeno paraquedas que é largada a grandes altitudes por um avião e que durante a sua queda regista (entre outras coisas) a pressão atmosférica, humidade, velocidade do vento, etc. É também o nome do novo álbum de Geir Jenssen aka Biosphere, um músico norueguês já com uma longa discografia, e que basicamente é um dos pioneiros da idm ambiental. E se "Microgravity" e "Patashnick" eram discos fortemente influenciados pelo techno, a verdade é que a partir de "Substracta" o lado ambiental acentuou-se ainda mais e os discos de Biosphere tornaram-se bastante introspectivos. "Shenzhou" e "Autour De La Lune" eram discos não aconselhaveis para surdos, de tal maneira o volume de som baixava abrindo espaço para o silêncio. Parecia que Geir Jenssen estava apostado em registar pouco mais do que o próprio silêncio, como se fosse uma chave para melhor compreender o mundo (uma preocupação recorrentes na sua música, de resto) ao mesmo tempo que invocava fragmentos musicais como Claude Debussy no álbum "Shenzhou". Naturalmente a sensação que causava é que Biosphere se estava a enclausurar no seu refúgio nórdico, junto das renas e a contemplar auroras boreais. "Dropsonde" é, portanto, um disco de ruptura. Quem sabe impulsionado pelo sucesso das reedições dos discos "Polar Sequences" e "Birmingham Sequences" (feitos em parceria com HIA), Geir Jenssen regressou às estéticas próximas da música de dança e os beats voltaram. Ainda por cima com uma toada jazzistica que chega a lembrar os Cinematic Orchestra (!). "Dropsonde" é à partida um disco bem menos introspectivo e abstracto, imerso nalguma vertigem, que com uma remistura afinada poderia até funcionar numa pista de dança. E é então que se percebe o porquê do titulo "Dropsonde": este álbum é bastante cinético, a ideia de movimento ou queda está no seu amâgo. Mesmo nas faixas mais ambientais do lado B do LP (este álbum foi editado apenas em vinilo, a versão em CD só irá aparecer no inicio do ano que vem) é notória a ideia de movimento, embora a contemplação reapareça. A marca de Geir Jenssen nunca deixa de estar presente, faixas como "Altostratus" só poderiam vir deste músico. Ou seja, "Dropsonde" marca o retorno deste músico a um lado mais uptempo, mas com uma visão necessariamente diferente das registadas até ao álbum "Cirque". E é um disco que merece um forte aplauso, que faz pensar como seria bom ouvir isto ao vivo, num fiorde algures na Noruega com montanhas em volta.
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Dropsonde é um instrumento usado para estudos metereologicos. Basicamente é uma sonda com um pequeno paraquedas que é largada a grandes altitudes por um avião e que durante a sua queda regista (entre outras coisas) a pressão atmosférica, humidade, velocidade do vento, etc. É também o nome do novo álbum de Geir Jenssen aka Biosphere, um músico norueguês já com uma longa discografia, e que basicamente é um dos pioneiros da idm ambiental. E se "Microgravity" e "Patashnick" eram discos fortemente influenciados pelo techno, a verdade é que a partir de "Substracta" o lado ambiental acentuou-se ainda mais e os discos de Biosphere tornaram-se bastante introspectivos. "Shenzhou" e "Autour De La Lune" eram discos não aconselhaveis para surdos, de tal maneira o volume de som baixava abrindo espaço para o silêncio. Parecia que Geir Jenssen estava apostado em registar pouco mais do que o próprio silêncio, como se fosse uma chave para melhor compreender o mundo (uma preocupação recorrentes na sua música, de resto) ao mesmo tempo que invocava fragmentos musicais como Claude Debussy no álbum "Shenzhou". Naturalmente a sensação que causava é que Biosphere se estava a enclausurar no seu refúgio nórdico, junto das renas e a contemplar auroras boreais. "Dropsonde" é, portanto, um disco de ruptura. Quem sabe impulsionado pelo sucesso das reedições dos discos "Polar Sequences" e "Birmingham Sequences" (feitos em parceria com HIA), Geir Jenssen regressou às estéticas próximas da música de dança e os beats voltaram. Ainda por cima com uma toada jazzistica que chega a lembrar os Cinematic Orchestra (!). "Dropsonde" é à partida um disco bem menos introspectivo e abstracto, imerso nalguma vertigem, que com uma remistura afinada poderia até funcionar numa pista de dança. E é então que se percebe o porquê do titulo "Dropsonde": este álbum é bastante cinético, a ideia de movimento ou queda está no seu amâgo. Mesmo nas faixas mais ambientais do lado B do LP (este álbum foi editado apenas em vinilo, a versão em CD só irá aparecer no inicio do ano que vem) é notória a ideia de movimento, embora a contemplação reapareça. A marca de Geir Jenssen nunca deixa de estar presente, faixas como "Altostratus" só poderiam vir deste músico. Ou seja, "Dropsonde" marca o retorno deste músico a um lado mais uptempo, mas com uma visão necessariamente diferente das registadas até ao álbum "Cirque". E é um disco que merece um forte aplauso, que faz pensar como seria bom ouvir isto ao vivo, num fiorde algures na Noruega com montanhas em volta.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Os Tops de 2005
Começam a suceder-se lá fora (cá por Portugal provavelmente só lá mais perto do Natal). Como seria de esperar, o rock dos Arcade Fire ou Franz Ferdinand domina o mercado. Talvez por causa disso valha especialmente a pena destacar a lista da Textura.
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Começam a suceder-se lá fora (cá por Portugal provavelmente só lá mais perto do Natal). Como seria de esperar, o rock dos Arcade Fire ou Franz Ferdinand domina o mercado. Talvez por causa disso valha especialmente a pena destacar a lista da Textura.