segunda-feira, maio 29, 2006
Pan Sonic na ZdB
O duo Pan Sonic esteve presente na noite mais quente do ano na Galeria ZdB (perdi a conta ao número de cervejas que bebi). A noite começou de uma forma diferente do normal. Às 22h00 já os Major Electrico tinham começado o seu concerto, apanhando desprevenidos quem normalmente conta com 1h30 de tolerância na ZdB. Seja como for não era (?) possível (?) ver o concerto (?) dos Major Electrico simplesmente porque a entrada na sala do concerto estava "barrada" com fitas de papel. Provavelmente os Major Electrico estavam com calor e queriam a sala arejada. Seja como for gerou-se imediatamente a expectativa de quem seria o primeiro a rasgar aquelas fitas, o que inevitavelmente acabou por acontecer. E o concerto dos Major Electrico até foi bem interessante... pelo menos o que se ouvia! Ninguém soube o que se passava no palco, a menos que saissemos da ZdB para ver na parede de vidro do aquário. Zbigniew Krakowski apareceu depois de surpresa para tocar uma faixa apenas, aparentemente a pedido dos Pan Sonic. Foi muito na linha do noise do Merzbow, interessante sem ser propriamente original. Adivinhava-se alguma percussão no fundo da muralha sonora, um pouco como tem acontecido justamente nos trabalhos mais recentes do japonês.
Os Pan Sonic vieram depois com a sua linha de osciloscópio projectada no écran. O concerto dos Pan Sonic foi ambivalente, entre descargas de noise e propostas de techno próximo daquilo que Mika Vainio edita a solo (e que lembra também Monolake ou Sleeparchive). Nalguns momentos parecia tudo incrivelmente simples e eficaz, noutros momentos pareciamos estar a assistir a um concerto de rock ressuscitado por máquinas infernais. Suspeita-se que a maior parte das faixas irão estar incluída no novo álbum a ser lançado em Outubro, de tal forma foi reduzida a inclusão de faixas de discos antigos. Ao vivo resultaram plenamente, apesar de ter causado nalgum público que espera dos Pan Sonic chinfrineira capaz de derreter miolos. Não foi o meu caso, que achei o concerto de sabado francamente melhor que o do Lux há 2 anos atrás.
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O duo Pan Sonic esteve presente na noite mais quente do ano na Galeria ZdB (perdi a conta ao número de cervejas que bebi). A noite começou de uma forma diferente do normal. Às 22h00 já os Major Electrico tinham começado o seu concerto, apanhando desprevenidos quem normalmente conta com 1h30 de tolerância na ZdB. Seja como for não era (?) possível (?) ver o concerto (?) dos Major Electrico simplesmente porque a entrada na sala do concerto estava "barrada" com fitas de papel. Provavelmente os Major Electrico estavam com calor e queriam a sala arejada. Seja como for gerou-se imediatamente a expectativa de quem seria o primeiro a rasgar aquelas fitas, o que inevitavelmente acabou por acontecer. E o concerto dos Major Electrico até foi bem interessante... pelo menos o que se ouvia! Ninguém soube o que se passava no palco, a menos que saissemos da ZdB para ver na parede de vidro do aquário. Zbigniew Krakowski apareceu depois de surpresa para tocar uma faixa apenas, aparentemente a pedido dos Pan Sonic. Foi muito na linha do noise do Merzbow, interessante sem ser propriamente original. Adivinhava-se alguma percussão no fundo da muralha sonora, um pouco como tem acontecido justamente nos trabalhos mais recentes do japonês.
Os Pan Sonic vieram depois com a sua linha de osciloscópio projectada no écran. O concerto dos Pan Sonic foi ambivalente, entre descargas de noise e propostas de techno próximo daquilo que Mika Vainio edita a solo (e que lembra também Monolake ou Sleeparchive). Nalguns momentos parecia tudo incrivelmente simples e eficaz, noutros momentos pareciamos estar a assistir a um concerto de rock ressuscitado por máquinas infernais. Suspeita-se que a maior parte das faixas irão estar incluída no novo álbum a ser lançado em Outubro, de tal forma foi reduzida a inclusão de faixas de discos antigos. Ao vivo resultaram plenamente, apesar de ter causado nalgum público que espera dos Pan Sonic chinfrineira capaz de derreter miolos. Não foi o meu caso, que achei o concerto de sabado francamente melhor que o do Lux há 2 anos atrás.
Ovo de Colombo
in antena 3
"O grupo português OVO edita esta semana o álbum de estreia e numa acção pioneira em Portugal, disponibiliza-o na totalidade via Internet e gratuitamente."
Até que ponto a responsabilidade desta afirmação é da banda ou do jornalista que a escreveu? Das duas uma: ou estamos perante um grave caso de ignorância (é obrigação de qualquer jornalista musical saber que existem para aí 1000 Netlabels só em Portugal, cujo número cresce todos os dias), ou então de desinformação promocional. Como uma mentira contada muitas vezes pode convencer muita gente, vale a pena lembrar que isto já nada tem de pioneiro e já começa a ser até algo rotineiro.
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in antena 3
"O grupo português OVO edita esta semana o álbum de estreia e numa acção pioneira em Portugal, disponibiliza-o na totalidade via Internet e gratuitamente."
Até que ponto a responsabilidade desta afirmação é da banda ou do jornalista que a escreveu? Das duas uma: ou estamos perante um grave caso de ignorância (é obrigação de qualquer jornalista musical saber que existem para aí 1000 Netlabels só em Portugal, cujo número cresce todos os dias), ou então de desinformação promocional. Como uma mentira contada muitas vezes pode convencer muita gente, vale a pena lembrar que isto já nada tem de pioneiro e já começa a ser até algo rotineiro.
quarta-feira, maio 24, 2006
FMM - Festival Músicas do Mundo, edição 2006
Já tem programa. Informações aqui.
Para além de ser a edição com mais concertos, a qualidade das propostas deste ano parece insuperável. Boris Kovac, Rabih Abou-Khalil, Gaiteiros de Lisboa, Toumani Diabaté, Alamaailman Vasarat, The Bad Plus, Tony Allen e Värttinä são suficientes para tirar o folego a qualquer um. E, todos os anos, há sempre uma surpresa bastante boa no programa.
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Já tem programa. Informações aqui.
Para além de ser a edição com mais concertos, a qualidade das propostas deste ano parece insuperável. Boris Kovac, Rabih Abou-Khalil, Gaiteiros de Lisboa, Toumani Diabaté, Alamaailman Vasarat, The Bad Plus, Tony Allen e Värttinä são suficientes para tirar o folego a qualquer um. E, todos os anos, há sempre uma surpresa bastante boa no programa.
segunda-feira, maio 22, 2006
Em Paredes de Coura, em 2006, irão estar...
The Cramps, no mesmo dia de Bauhaus, e Broken Social Scene.
E eis como de repente o festival passou a valer a pena : )
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The Cramps, no mesmo dia de Bauhaus, e Broken Social Scene.
E eis como de repente o festival passou a valer a pena : )
Novidades da Bor Land
A imparável editora nortenha tem muitas novidades para oferecer. "Mighty Sounds Pristine", dos Bypass, já saiu este mês, e é um belo disco de uma banda que só agora lançou o seu primeiro álbum. Da dupla Alexandre Soares + Jorge Coelho surge um 7" chamado "Cães aos circulos", um curioso diálogo instrumental entre os dois músicos que pode ser descarregado gratuitamente aqui.
Iremos voltar a estes trabalhos brevemente.
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A imparável editora nortenha tem muitas novidades para oferecer. "Mighty Sounds Pristine", dos Bypass, já saiu este mês, e é um belo disco de uma banda que só agora lançou o seu primeiro álbum. Da dupla Alexandre Soares + Jorge Coelho surge um 7" chamado "Cães aos circulos", um curioso diálogo instrumental entre os dois músicos que pode ser descarregado gratuitamente aqui.
Iremos voltar a estes trabalhos brevemente.
Pan Sonic - Entrevista na Mondo Bizarre
Os músicos filandeses mas talentosos na face do planeta (juntamente com Kimmo Pohjonen, Vladislav Delay, etc...) vão tocar no próximo sábado, dia 27 de Maio, na Galeria Zé dos Bois em Lisboa. A antever esse concerto foi feita uma entrevista para a revista Mondo Bizarre que pode ser lida aqui.
Ler também texto antigo publicado na Mondo Bizarre a propósito do álbum "Kesto" aqui.
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Os músicos filandeses mas talentosos na face do planeta (juntamente com Kimmo Pohjonen, Vladislav Delay, etc...) vão tocar no próximo sábado, dia 27 de Maio, na Galeria Zé dos Bois em Lisboa. A antever esse concerto foi feita uma entrevista para a revista Mondo Bizarre que pode ser lida aqui.
Ler também texto antigo publicado na Mondo Bizarre a propósito do álbum "Kesto" aqui.