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sábado, dezembro 12, 2009

Após um longo interregno... (2 anos!), eis um ressurgir deste blog... para colocar os discos que mais se gostou de ouvir este ano... Aqui vai, com a vontade de voltar à carga brevemente:

Mundo e Arredores:

Álbuns:

1 - Hildur Gudnadóttir - Without Sinking
2 - Ben Frost - By the Throat
3 - Harappian Night Recordings - The Glorious Gongs of Hainuwele
4 - Clark - Totems Flare
5 - The Sight Below - Glider
6 - ISIS - Wavering Radiant
7 - Telefon Tel Aviv - Immolate Yourself
8 - Tiago Sousa - Insónia
9 - Múm - Sing Along To Songs You Don't Know
10 - Sunn O))) - Monoliths & Dimensions
11 - Leyland Kirby - Sadly the future is no longer what it was
12 - Elm - Nemcatacoa
13 - Master Musicians Of Bukakke - Totem One
14 - Gesellschaft zur Emanzipation des Samples - Circulations
15 - KTL - IV
16 - Bat For Lashes - Two Suns
17 - Radian - Chimeric
18 - Brock Van Wey - White Clouds Drift On and On
19 - Cold Cave - Loves Come Close
20 - Omar Souleyman - Dabke 2020; Folk & Pop Sounds of Syria
21 - Broadcast and the Focus Group - Investigate Witch Cults of the Radio Age
22 - Louderbach - Autumn
23 - Alva Noto - Xerrox Vol.2
24 - Antony & The Johnsons - The Crying Light
25 - Anahita - Matricaria
26 - Tortoise - Beacons of Ancestorship
27 - Moritz von Oswald Trio - Vertical Ascent
28 - The Master Musicians of Jajouka - Live at CCB
29 - Shackleton - Three Eps
30 - Mem1 - +1

Formatos "esquisitos"

1 - rafael anton irisarri - hopes and past desires - 7"
2 - philip jeck - spool - k7
3 - volcano the bear - that people don't know they are monsters - 7"
4 - Surtsey -Symphony No. 1 For Strings Antarctica - Netlabel (Test Tube)
5 - herzog - first summer and the running dream - Netlabel (Resting Bell)


Portugal e Arredores:

1 - Tiago Sousa "Insonia"
2 - :papercutz "lylac"
3 - The Legendary Tigerman "Femina"
4 - DOPO "Blue Lands"
5 - Tó Trips "Guitarra 66"



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sexta-feira, janeiro 11, 2008

50 discos de 2007

Aqui vão, por ordem alfabética:

Amon Tobin
- Foley Room
Arve Henriksen
- Strjon
Ateleia
- Formal Sleep
Burial
- Untrue
Charalambides
- Likeness
Colleen
- Les Ondes Silencieuses
Dag Rosenqvist & Rutger Zuydervelt
- vintermusik
deepchord presents echospace
- the coldest season
Einstürzende Neubauten
- Alles Wieder Offen
entia non
- distal
Focus Group, The
- We are all Pan's People
Fripp & Eno
- Beyond Even (1992-2006)
Frode Haltli
- Passing Images
gescom
- A1-D1
Grouper
- Cover the Windows and the Walls
gultskra artikler
- Kasha Iz Topora
Icarus
- Sylt
Islaja
- Ulual Yyy
Jasper TX
- A darkness
Jefre Cantu-Ledesma
- The Garden of Forking Paths
Kemialliset Ystavat
- Kemialliset Ystavat
Ken Ikeda
- Mist on the Window
Klimek
- Dedications
KTL
- 2
Low
- Drums and Guns
M.I.A.
- Kala
Machinefabriek
- Weleer
Marsen Jules
- Golden
Murcof
- Cosmos
mu-ziq
- Duntisbourne Abbots Soulmate Devastation
Nadja
- Thaumogenesis
Omar Souleyman
- Highway to Hassake
Pan Sonic
- Katodivaihe
PJ Harvey
- White Chalk
Senking
- List
Six Organs of Admittance
- Shelter from the ash
Stars of the Lid
- and their refinement of the decline
Strategy
- Future Rock
Supersilent
- 8
the fiery furnaces
- widow city
Throbbing Gristle
- Part two: The Endless Not
To Rococo Rot
- abc123
Tropa Macaca
- Marfim
Tusia Beridze
- The Other
varios
- shut up and dance! Updated
Voice of the Seven Woods
- Voice of the Seven Woods
Volcano the Bear
- Amidst The Noise And Twigs
Von Südenfed
- Tromatic Reflexxions
Wooden Shjips
- Wooden Shjips
Young Gods, The
- super ready/fragmenté

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Cristian Gualpa "Flotante EP" (Test Tube)

«Hailing from Mendoza, Argentina, here is an EP release of warm ambient idm beats, from Cristian Gualpa, called “Flotante”. In five tracks, Gualpa explores an electronic language of aquatic beats, somehow related with the kind of stuff explored by artists like Arovane, and also a language with the laboratorial driving force that one can usually recognize on releases from labels like Raster-Noton. Indeed, while the last track “Capital Solar” develops a warm sense of melody, tracks like “Buenhogar” or “Al Aire” enter the mathematical domain, with a techno background underneath. Listening to these tracks is like admiring the architecture of a building, with one feet dancing at the same time. Dark ambience comes along with “Previo”, but even here the mechanical beat gives way to an ethereal melody. “Posada” sums up the ideas expressed before, and is both a relaxing or restless place to stay, depending of which things the listener pays attention to: the warm aquatic melody underneath or the drilled beat that gives structure to the track, which reminds of early Autechre releases. With about 20 minutes, “Flotante” is enjoyable brainy electronics, to be listened with headphones, and an excellent debut for Cristian Gualpa.»

Link para download: tube107

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sexta-feira, julho 06, 2007

Entrevista a Colleen na Mondo Bizarre




















Realizada em Outubro de 2006, antes da edição do novo álbum, teve agora a edição online no site da Mondo Bizarre. Podem consultar aqui.

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quinta-feira, março 29, 2007

No mundo dos "leaks"

É verdadeiramente impressionante o número de links que aparecem todos os dias para descarregar novos álbuns. Este fenómeno está a começar a tornar-se certamente mais uma dor de cabeça para a industria. Para quem quiser mergulhar nesse maravilhoso mundo da pirataria, aconselho usar esta máquina de pesquisa:

http://www.shareminer.com/

é basicamente o google pronto para pesquisar links para o sendspace, megaupload, etc...

Depois há fóruns por aí onde aparecem estes links. Se usarem o tal site rapidamente chegam lá. Brave new world indeed.

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2007 - Balanço 1º trimestre

Álbuns e EPs misturados.

!!! - Myth Takes - 8
Aaron Martin & Machinefabriek - cello recycling - 7.5
Amon Tobin - Folley Room - 8.5
Ateleia - Formal Sleep - 8
Ben Frost - Theory of Machines - 8.5
CocoRosie - The Adventures of Ghosthorse and Stillborn - 7
Dag Rosenqvist & Rutger Zuydervelt - vintermusik - 8.5
exploding star orchestra - we are all from somewhere else - 8
Low - Drums and Guns - 8.5
Machinefabriek - SLAAPZUCHT - 8
Mokira - The Bum That Will Bring Us Together - 8
MV & EE - Green Blues - 8
Old Jerusalem - The Temple Bell - 7.5
Omar Souleyman - Highway To Hassake - 8
Panda Bear - Person Pitch - 8
Rafael Anton Irisarri - Daydreaming - 7.5
ten and tracer - baker's blood - 8
the young gods - super ready fragmente - 8.5
trans am - sex change - 6.5


Para o próximo trimestre: Colleen, Christian Fennesz & Ryuichi Sakamoto, Flower-Corsano Duo, Björk, Throbbing Gristle, The Focus Group, Proem, Laub, Stars of the Lid, Islaja,...

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sexta-feira, março 09, 2007


Dag Rosenqvist & Rutger Zuyderveit "Vintermusik" (CD-R, 2007)


Rosenqvist é Jasper TX. Zuyderveit é Machinefabriek. Ambos lançaram um álbum na editora Lampse em 2006, e partilham o mesmo estilo musical: electrónica semi-ambiental algo melancólica, que tanto é devedora das sinfonias tristes de um Arvo Pärt, quanto do experimentalismo industrial dos Cluster (na década de 70, claro) e do ambientalismo de um William Basinski. Apresentações feitas? Não, falta dizer que são ambos holandeses e tem uma mania de editar remessas industriais de CD-Rs tanto em formato normal como nos pequeninos 3,5". Este álbum parece ser uma consequência directa dessa atitude, resultando de uma colaboração entre os dois músicos. Como o próprio titulo sugere, estamos perante música invernal, a lembrar a chuva, a névoa, enfim, uma certa obscuridade ou, se preferirem, uma camuflagem do mundo atrás das núvens. Faz sentido, tendo em conta que ambos são holandeses. Mas o que faz mesmo muito sentido são as 6 músicas aqui presentes. Ora arrancando de uma dolência interior causa pelo ruído na faixa "Frost/Vries", ora arrancando restos de melodia de um Arvo Pärt feito anjo caído na Berlim das "Asas do Desejo" na faixa "Blasa Rök/Rook Blasen", "Vintermusik" é uma perfeita banda sonora nocturna. Quase tão natural quanto o barulho do mar, este álbum é um ruído doce e ambiental, um loop perfeito que tanto embala, como inquieta. Não que hajam muitos demónios escondidos aqui (porque eles são visiveis), simplesmente somos confrontados com o que de mais natural pode haver. Afinal no meio de tanto betão e tecnologia, a forma mais fácil de interagirmos com o nosso lado mais primitivo é olhar para o céu, ouvir o barulho da chuva e eventualmente o ruído surdo de um martelo pneumático. Não serão propriamente flores num campo verde, mas esta é uma banda sonora para um inverno.

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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Shut The Fuck Up

O colectivo STFU vai actuar em Portugal no final de Março, no Porto, Lisboa e Torres Vedras, um evento organizado pela mono¨cromatica e pela enough records. Os concertos terão alinhamentos diferentes, mas o principal destaque vai para a presença de Svarte Greiner (dos The Deaf Center e um dos donos da editora Miasmah). Aqui vai a listagem dos concertos:

STFU Porto
Fábrica de Som
Av. Rodrigues de Freitas, 23-27
4300-456 Porto
(351) 96 764 42 04 / (351) 93 420 25 72
fabricadsom[AT]gmail.com

22 MARÇO (22H00)

Ckz [PT] (live)
NNY [PT] (live)
Aenedra [PT] (live)
Svarte Greiner [NO] (dj set)


23 MARÇO (22H00)

Pygar [PT] (live)
Unknown Forces (of everyday life) [UK] (live)
Svarte Greiner [NO] (live)
Replycant [PT] (dj set)


24 MARÇO (22H00)

e:4c [PT] (live)
Violet [PT] (live)
Decibeats [PT] (live)
M. [PT] (dj set)


STFU Lisboa
Galeria Zé dos Bois (ZDB)
Rua da Barroca, 59, Bairro Alto
1200 Lisboa
(351) 21 343 02 05
http://www.zedosbois.org/zdbmuzique

30 MARÇO (23H00)

Phoebus [PT] (live)
Federico Monti [AR] (live)
Svarte Greiner [NO] (live)


STFU Torres Vedras
Gentro Cultura Contemporânea (CCC)
Rua da Cruz, 9
2564-909 Torres Vedras
(351) 261 338 931/2/3
http://www.ccctv.org

31 MARÇO (23H00)

Rui Gato [PT] (live)
Federico Monti [AR] (live)
Svarte Greiner [NO] (live)


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terça-feira, fevereiro 27, 2007

Novo álbum de Alva Noto

Chama-se "Xerrox vol. 1", e sai na Raster-Noton no dia 3 de Março.

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Noticias da Leaf Label

- A Hawk and a Hacksaw irão actuar dia 19 de Maio em Braga.
- Colleen tem o novo álbum pronto. Chama-se "Les Ondes Silencieuses" e será lançado provavelmente em Maio depois de uma digressão no Reino Unido com os Triosk.

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terça-feira, dezembro 19, 2006

2006 - em 50 discos

2006 foi um ano em que o blog Quark Quark! esteve particularmente inactivo, essencialmente por razões pessoais que impediram uma presença mais assídua. Pela minha parte espero que em 2007 tenha uma presença maior, com comentários a discos, concertos, etc...

Este ano foi particularmente rico. O dubstep saiu do underground e começa a tocar na porta do mainstream. Os discos de Burial, Kode 9, Various, Boxcutter e Skream estão a ajudar a dar uma identidade à presente década, que ameaçava ser dominada quase exclusivamente pelo revivalismo do rock (Strokes, White Stripes) ou então pelo hip-hop e r'n'b mais comercial (Timbaland, pois).
Se a isto juntarmos bandas como !!!, LCD Soundsystem ou TV on the Radio, podemos dizer que a década está "salva" do ponto de vista criativo: já existe um som característico dos anos 00.

Pelo lado mais experimental, foi também um ano particularmente bom. Os Wolf Eyes brindaram-nos com vários álbuns de noise industrial herdeiro dos melhores Throbbing Gristle, e editaram ainda "Human Animal", um disco depurado e magistral, que nos agarra pelas entranhas. A folk está bem representada pelo ambicioso e conceptual "Ys" da Joanna Newsom, o apocaliptico "Black Ships Ate The Sky" de Current 93 ou ainda o "The Sun Awakens" de Six Organs of Admittance. Mas foi pelo lado da "electrónica orquestral" que mais discos interessantes surgiram. Mais uma vez a Colleen (cum uma gravação de concerto ao vivo e um EP especial), mas também a editora Type (Helios, Ryan Teague, Xela...), Hapna (Giuseppe Ielasi), Lampse (Machinefabriek) e a Miasmah (Encre, Greg Haines).
Uma última palavra para o outsider Scott Walker, que criou um disco completamente fora do tempo, talvez maior que a vida.

Da música feita em Portugal, o meu destaque vai para os Dead Combo, que lograram criar um álbum ainda melhor que o primeiro, e para as netlabels portuguesas, especialmente a Test Tube (Kubik, Lezrod), que estão a impôr um dinamismo na divulgação de música portuguesa nunca antes visto.

Aqui vai lista, então, vagamente por ordem de preferência (só vagamente).

Wolf Eyes - Human Animal - Sub Pop
Burial - Burial - Hyperdub
Joanna Newson - Ys - Drag City
Current 93 - Black Ships ate the Sky - Durtro
Dead Combo - Vol. II - Quando a alma não é pequena - Dead & Company
Zavoloka & AGF - Nature never produces the same beat twice - Nexsound
Scott Walker - The Drift - 4AD
Ryoji Ikeda - Dataplex - Raster-Noton
Matmos - The Rose has teeth in the mouth of the beast - Matador
Wasteland - All versus all - Transparent
Kode 9 & Space Ape - Memories of the future - Hyperdub
Dabrye - Two/Three - Ghostly
Xela - The Dead Sea - Type
Giuseppe Ielasi - Giuseppe Ielasi - Häpna
Colleen - Mort au Vaches - Staalplat
Various - The World is Gone - XL
Geir Jenssen - Cho Oyu 8201m - Field Recordings From Tibet - Ash International
Svarte Greiner - Knive - Type
Helios - Engya - Type
Sparklehorse - Dreamt for light years in the belly... - Capitol
Machinefabriek - Marijn - Lampse
Greg Haines - Slumber Tides - Miasmah
Encre - Plexus II - Miasmah
colleen et les boites a musique - colleen et les boites a musique - Leaf
Six Organs of Admittance - The Sun Awakens - Drag City
Thom Yorke - The Eraser - XL
Pan-American - For Waiting, For Chasing - Mosz
Liars - Drum's not dead - Mute
Mountains - sewn - staartje
Mono (2) - You are there - Temporary Residence
Wolf Eyes & Anthony Braxton - Black Vomit - Victo
Rafael Toral - Space - Staubgold
Proem - you shall have ever been - Merck
Quench - Caipruss - n5md
Uusitalo - Tulenkantaja - Huume
Ellen Allien & Apparat - Orchestra of Bubbles - Bpitch Control
Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, The - The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble - Planet Mu
Keith Fullerton Whitman - Lisbon - Kranky
DJ Krush - Stepping Stones: The Self Remixed Best: Lyricism - Sony
Kubik - Infinite Territory - Test Tube
Burnt Friedman & Jaki Liebezeit - Secret Rhythms 2 - Nonplace
Bardo Pond - Ticket Crystals - ATP
Boxcutter - Oneiric - Planet mu
Carla Bozulich - Evangelista - Constelation
Kieran Hebden and Steve Reid - The Exchange Sessions Vol. 1 - Domino
Belong - October Language - Carpak Records
compilação - International Sad Hits vol 1: Altaic Language ... - 20-20-20
Alva Noto - For - L-NE
Black Heart Procession - The Spell - Touch and Go
Goldmund - The Heart of High Places - Type

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segunda-feira, setembro 11, 2006

Encontros de Música Experimental - Palmela

De 4 a 7 de Outubro, ocorrerão os 6º Encontros de Música Experimental no Castelo de Palmela organizados por Vítor Joaquim. Após já alguns excelentes encontros, este ano o cartaz é superlativo:

October, 4

Micro Audio Waves (P) - link
Harald Sack Ziegler (D) - link

October, 5

Húmus (P) - link
Murcof (MX / ES) - link

October, 6

One Might Add (P) - link | link
Oval (D) - link 1 | link 2 | link 3 | link4

October, 7

Colleen (UK) - link
Naja Orchestra + Colleen (P+UK) - link

Com Colleen, Oval e Murcof, este torna-se provavelmente um dos melhores festivais de música electrónica deste ano. A expectativa é grande, principalmente para o concerto em conjunto entre a Naja Orchestra (comandada por Vítor Joaquim) e Colleen. Certamente a não perder.

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terça-feira, julho 04, 2006

Balanço do 1º Semestre de 2006

Está a ser um ano bom. Os regressos de Scott Walker e Current 93 corresponderam às melhores espectativas, com dois discos sobre a morte que acabam por ser, paradoxalmente, dois dos melhores discos de canções do ano, até agora. Das novidades, destaque para o movimento dubstep e os discos de Burial e Boxcutter. E dos portugueses já há excelentes discos de Dead Combo, Bypass, Phoebus e Kubik. Para além de tudo isto há a normalidade de quem já nos habituou aos bons lançamentos (Matmos, Burnt Friedmann, Liars, etc...). Aqui vai a minha lista do primeiro semestre, então:

Belong - October Language

Boxcutter - Oneiric

Burial - Burial

Burnt Friedman & Jaki Lieberzeit - Secret Rhythms 2

Bypass - Mighty Sounds Pristine

Colleen - Mort au Vaches

Current 93 - Black Ships ate the Sky

Dead Combo - Vol. II - Quando a alma não é pequena

Ellen Allien & Apparat - Orchestra of Bubbles

Fm3 - Mort au Vaches

Helios - Engya

John Duncan & Pan Sonic - Nine Suggestions

Keith Fullerton Whitman - Lisbon

Kieran Hebden and Steve Reid - The Exchange Sessions Vol. 1

Kubik - Infinite Territory

Liars - Drum's not dead

Matmos - The Rose has teeth in the mouth of the beast

Mono - You are there

Mountains - Sewn

Phoebus - Falésia

Ryoji Ikeda - Dataplex

Scott Walker - The Drift

Six Organs of Admittance - The Sun Awakens

Tape - Rideau

Uusitalo - Tulenkantaja

Zavoloka & AGF - Nature never produces the same beat twice


Para o próximo semestre já se esperam algumas boas novidades como Leafcutter John ou... Thom Yorke.

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quinta-feira, junho 29, 2006


Nº 26 da Mondo Bizarre

e já só faltam 24 números para a nº 100 :)

Como vem sendo hábito, voltei a colaborar com a Mondo Bizarre, desta vez com entrevistas a Ellen Allien & Apparat (na capa) e Bypass, e críticas aos discos de Ellen Allien & Apparat e Uusitalo.

E ainda:

Final Fantasy - Cansei De Ser Sexy - The Legendary Tiger Man - Year Future - Red Krayola - Ellen Allien & Apparat - X-Wife - Dave McKean - Stuart Staples - Ken Vandermark - Bypass - Sonic Youth - The Raconteurs - ESG - Serge Gainsbourg Revisited - Gnarls Barkley - Current 93 - The Twilight Singers - Six Organs Of Admittance - Loose Fur - TV On The Radio - The Black Heart Procession


Um grande número, assim parece. :)

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segunda-feira, junho 19, 2006

tube'|043
Kubik
Infinite Territory

Victor Afonso is a portuguese musician living in Guarda, a city lying near Serra da Estrela (Star Mountain) at some 1000 meters above the sea level. He has been releasing music under the name Kubik (2 albums) as well as in many other projects. “Oblique Musique” and “Metamorphosia” albums recorded as Kubik showed up a musician deeply inspired by cinema and also by a great variety of music, from eastern europe folk to contemporary drum’n’bass. This alloy allowed Kubik to develop a very personalized and surrealistic sound, which defies the listener imagination with a wave of references sequenced in a way that take shape in the form of musical pieces. “Infinite Territory” is his new release. It is a departure from earlier works, because here Victor Afonso decided to explore electronic music more close to the IDM genre. It is obvious from “Infinite Territory” that musicians like Amon Tobin or Aphex Twin play an important role as sources of inspiration. This EP is very well balanced between ambient soundscapes and bursts of drill’n’bass, showing Kubik at the maximum of his skills and inspiration. From phantasmagorical pieces like “Bona Fide”, to kinetically unstable tracks like “Infernis”, “Plus Ultra” and the surrealistic “Non Hilum” (perhaps the track more related with his previous works), Kubik shows up his personal view of what electronic music (or IDM) can be, with a great capability to create images in the mind of the listener, rather than being purely another kind of dance music. “Infinite Territory” is therefore a kind of a soundtrack of a lost science-fiction movie, lost in the outskirts of the galaxy (or, more precisely, of the mind), exploring lost territories and lost spirals that liewithin the more pristine forces of nature.

PS: o texto foi escrito em inglês para a Test Tube. Podem sacar o álbum aqui.

Textos relativos: crítica ao álbum "Metamorphosia" de Kubik.

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segunda-feira, maio 29, 2006

Pan Sonic na ZdB

O duo Pan Sonic esteve presente na noite mais quente do ano na Galeria ZdB (perdi a conta ao número de cervejas que bebi). A noite começou de uma forma diferente do normal. Às 22h00 já os Major Electrico tinham começado o seu concerto, apanhando desprevenidos quem normalmente conta com 1h30 de tolerância na ZdB. Seja como for não era (?) possível (?) ver o concerto (?) dos Major Electrico simplesmente porque a entrada na sala do concerto estava "barrada" com fitas de papel. Provavelmente os Major Electrico estavam com calor e queriam a sala arejada. Seja como for gerou-se imediatamente a expectativa de quem seria o primeiro a rasgar aquelas fitas, o que inevitavelmente acabou por acontecer. E o concerto dos Major Electrico até foi bem interessante... pelo menos o que se ouvia! Ninguém soube o que se passava no palco, a menos que saissemos da ZdB para ver na parede de vidro do aquário. Zbigniew Krakowski apareceu depois de surpresa para tocar uma faixa apenas, aparentemente a pedido dos Pan Sonic. Foi muito na linha do noise do Merzbow, interessante sem ser propriamente original. Adivinhava-se alguma percussão no fundo da muralha sonora, um pouco como tem acontecido justamente nos trabalhos mais recentes do japonês.
Os Pan Sonic vieram depois com a sua linha de osciloscópio projectada no écran. O concerto dos Pan Sonic foi ambivalente, entre descargas de noise e propostas de techno próximo daquilo que Mika Vainio edita a solo (e que lembra também Monolake ou Sleeparchive). Nalguns momentos parecia tudo incrivelmente simples e eficaz, noutros momentos pareciamos estar a assistir a um concerto de rock ressuscitado por máquinas infernais. Suspeita-se que a maior parte das faixas irão estar incluída no novo álbum a ser lançado em Outubro, de tal forma foi reduzida a inclusão de faixas de discos antigos. Ao vivo resultaram plenamente, apesar de ter causado nalgum público que espera dos Pan Sonic chinfrineira capaz de derreter miolos. Não foi o meu caso, que achei o concerto de sabado francamente melhor que o do Lux há 2 anos atrás.

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Ovo de Colombo

in antena 3

"O grupo português OVO edita esta semana o álbum de estreia e numa acção pioneira em Portugal, disponibiliza-o na totalidade via Internet e gratuitamente."

Até que ponto a responsabilidade desta afirmação é da banda ou do jornalista que a escreveu? Das duas uma: ou estamos perante um grave caso de ignorância (é obrigação de qualquer jornalista musical saber que existem para aí 1000 Netlabels só em Portugal, cujo número cresce todos os dias), ou então de desinformação promocional. Como uma mentira contada muitas vezes pode convencer muita gente, vale a pena lembrar que isto já nada tem de pioneiro e já começa a ser até algo rotineiro.

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quarta-feira, maio 24, 2006

FMM - Festival Músicas do Mundo, edição 2006

Já tem programa. Informações aqui.

Para além de ser a edição com mais concertos, a qualidade das propostas deste ano parece insuperável. Boris Kovac, Rabih Abou-Khalil, Gaiteiros de Lisboa, Toumani Diabaté, Alamaailman Vasarat, The Bad Plus, Tony Allen e Värttinä são suficientes para tirar o folego a qualquer um. E, todos os anos, há sempre uma surpresa bastante boa no programa.

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segunda-feira, maio 22, 2006

Em Paredes de Coura, em 2006, irão estar...

The Cramps, no mesmo dia de Bauhaus, e Broken Social Scene.

E eis como de repente o festival passou a valer a pena : )

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Novidades da Bor Land




A imparável editora nortenha tem muitas novidades para oferecer. "Mighty Sounds Pristine", dos Bypass, já saiu este mês, e é um belo disco de uma banda que só agora lançou o seu primeiro álbum. Da dupla Alexandre Soares + Jorge Coelho surge um 7" chamado "Cães aos circulos", um curioso diálogo instrumental entre os dois músicos que pode ser descarregado gratuitamente aqui.

Iremos voltar a estes trabalhos brevemente.

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Pan Sonic - Entrevista na Mondo Bizarre




Os músicos filandeses mas talentosos na face do planeta (juntamente com Kimmo Pohjonen, Vladislav Delay, etc...) vão tocar no próximo sábado, dia 27 de Maio, na Galeria Zé dos Bois em Lisboa. A antever esse concerto foi feita uma entrevista para a revista Mondo Bizarre que pode ser lida aqui.


Ler também texto antigo publicado na Mondo Bizarre a propósito do álbum "Kesto" aqui.

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quarta-feira, abril 12, 2006

Mono "You are there" (Temporary Residence, 2006)
Sickoakes "Seawards" (Type, 2006)

Não raras vezes há heranças musicais particularmente pesadas. Acontece principalmente quando alguém consegue criar algo novo, mas que tecnicamente não era dificil de realizar e que facilmente pode ser enquadrado numa formula. É isso que acontece com a música dos godspeed you black emperor! e dos Mogwai: apesar de toda a sua intensidade, é "replicável" com alguma facilidade. Vai daí aparecerem dezenas de bandas clones da original é apenas um passo.
Os japoneses Mono (não confundir com os ingleses Mono, que na década de 90 nos ofereceram um álbum magnífico chamado "Formica Blues") são um exemplo desses clones. No concerto em Lisboa há uns tempos atrás apresentaram um som que ora lembrava gybe!, ora lembrava Mogwai, de uma forma alternada. Por isso as espectativas não eram as melhores para este novo álbum deles. E ouve-se "You are there" e reconhecem-se todas essas formulas no disco. E então acontece algo de particularmente interessante: "You are there" é um disco muito bom, apesar de "formulaico". Principalmente quando a banda decide não ir aos inevitáveis "altos" (que às vezes soam desnecessarios) como acontece na faixa "Are you there".
Já os Sickoakes partem da mesma formula mas tentam ir além dela e criar algo novo. São formalmente bem mais arrojados que os Mono. E realmente a primeira faixa "Driftwood" mostra que eles serão capazes de boas coisas. O problema é que depois lhes falta a inspiração para fazer melodias que existe no novo álbum dos Mono. E então progressivamente "Seawards" torna-se chato. Os Sickoakes arriscaram, mas terminaram nos lugares comuns do post-rock dos anos 90, sem melodias inspiradas que os salvassem. Talvez num próximo disco a coisa fique melhor e talvez ao vivo os Sickoakes se mostrem um pouco mais soltos. Para já "Seawards" é apenas uma promessa a roçar a mediania.

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quinta-feira, abril 06, 2006

O fim do Blitz

Está agendada para este mês a última edição deste jornal de música. Sobre este acontecimento apetece-me dizer algumas coisas.

1 - A importância do Blitz - O Blitz percorreu quase toda a década de 80 e toda a década de 90. E, numa altura em que a informação musical em Portugal era escassa, o Blitz assumia-se como um autêntico farol que nos guiava e nos dava a conhecer o que de melhor se fazia lá fora no campo da música. Todas as semanas havia uma excitação por comprar o Blitz... de que banda nova irão eles falar? Irá aparecer um álbum novo da banda X? Como foram os concertos ali e acolá? Há alguma banda portuguesa a despontar? Foram anos e anos a fio a ter este tipo de sentimentos, de expectativas e de formação (ou crescimento) musical.

2 - A decadência do Blitz - Infelizmente este não foi um idilio eterno. A dada altura as coisas começaram a encalhar. Basicamente o Blitz sofreu vários "choques" nos últimos anos: a TV por cabo (e a MTV e semelhantes) passou a mostrar imagens em primeira mão dos artistas de que o Blitz falava, deixou de haver o tal mistério; as revistas musicais estrangeiras começaram a ser de fácil acesso para todos (pelo menos para quem mora em Lisboa); a internet começou a ser a fonte primordial de informação musical (seja através de sites estrangeiros como a Pitchfork, seja através de sites nacionais cujos pioneiros terão sido a Musicnet e a Radio Pirata); finalmente os programas de partilha de música quase que se massificaram. Foram circunstâncias muito adversas. A resposta do Blitz a estas movimentações e mudanças foi sempre tardia, pouco flexivel e às vezes com alguns erros clamorosos. Quando se chamava a atenção de que o Blitz não falava em muitas bandas, a resposta era que eram "desconhecidas", que o mercado não estava "receptivo" (como se os leitores do Blitz preferissem uma playlist à descoberta...) ou então que os discos não estavam editados em Portugal (como se não existisse importação ou programas de partilha de ficheiros na internet). A tudo isto o Blitz reagiu com derivas Nu-Metal já fora do prazo de validade nos tempos da Sónia Pereira ou com tentativas de aproximar o Blitz do mainstream nas últimas 2 direcções. Quanto a reacções ao mundo real, o Blitz agia ou com atraso, ou com uma distância quase snob. Achava sempre divertido ler alguns textos sobre concertos na Galeria Zé dos Bois, onde basicamente os jornalistas do Blitz raramente conseguiam perder a mania de avaliar de uma forma "olha os vanguardistas amadores com projectos musicais que não interessam a ninguém". É claro que existiam excapções, é claram que existiam muitos bons textos no Blitz, mas nada disso impedia que se sentisse que as noticias e crónicas no Blitz eram ou requentadas ou dirigidas apenas uma faixa de público que se revisse nas "private jokes" e manias de quem escrevia. Lembro-me de existirem concertos no Coliseu no domingo à noite, e a crónica desse concerto não aparecia na 3ª feira seguinte porque a redacção fechava na 6ª feira (!). Todos estes acontecimentos acumulados com o facto da situação ser mesmo adversa conduziram à decadência do Blitz.

3 - O Blitz termina - E eis que o Blitz termina no dia 24 de Abril de 2006. Que raio de data foram escolher...

4 - O Blitz ressuscita (?) - E eis que o Blitz ressuscita como revista mensal. Que pensarão os jornalistas e donos do Blitz? Que o Blitz deixará de ser o NME português para ser a Uncut portuguesa? (sim, porque The Wire portuguesa dúvido muito). Eu digo o que vai ser. O igualmente saudoso Se7e também ressuscitou depois de morrer sob a forma de uma revista, com bom papel e tal, há uns 12 anos atrás. Teve uma vida tão curta... porque simplesmente não havia mercado. O nome do Blitz pouco irá valer depois desta transformação, na prática é adiar o inevitável: o fim do único jornal sobre música em Portugal. 20 anos depois o Blitz cumpriu a sua função: formou imensa gente, gente que escreve blogs, promove concertos, formaram até bandas. Esse tempo acabou. É pena, mas o Blitz não soube adaptar-se e agora receio que seja tarde demais. Durante 20 anos houve um nicho de mercado que tornava rentável a existência de um jornal sobre música em Portugal, esse tempo terminou porque as pessoas mudaram e o Blitz deixou de ser assim tão essencial. Mete pena nunca mais ver este jornal na banca todas as 3ª feiras, era algo familiar, mas teve que ser assim. Desejo a melhor das sortes à nova encarnação do jornal (acho que vão precisar...) e oxalá que consigam vingar e eu esteja errado. Uma coisa é certa: não é por passarem a ser uma revista mensal que passam a ter mercado. Os conteúdos serão sempre a chave da sobrevivência do jornal. Para o Blitz sobreviver terão que voltar a ser tão essenciais quanto eram há 10 anos atrás. Serão capazes de estar à altura deste desafio, depois de tantos erros cometidos?

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quarta-feira, abril 05, 2006

Kieran Hebden + Steve Reid "Exchange Session Vol. 1" (Domino, 2006)

Kieran Hebden é o músico do projecto Four Tet, tendo participado no projecto de post-rock Fridge nos anos 90. Steve Reid é um baterista e uma "vaca sagrada" do jazz, que tocou com Miles Davis, Fela Kuti e Sun Ra, para além muitas outras colaborações. Estamos pois a falar de homens de gerações diferentes, estilos diferentes (embora Kieran Hebden sempre tenha incorporado elementos do Free Jazz na sua música e Steve Reid tenha participado em inúmeras experiências de fusão do jazz com outros estilos) e até raças e nacionalidades diferentes. É pois no mínimo surpreendente como este primeiro álbum da dupla surja tão entrosado. Hebden toma conta da electrónica e da produção, Reid das percussões, e o resultado é completamente electrizante. "Exchange Session Vol. 1" é primo dos últimos álbuns dos Spring Heel Jack, mas aqui existe um cheiro coltraniano (por exemplo, há ecos de Alice Coltrane e Pharoah Sanders, enquanto a sombra tutelar do Coltrane paira por aqui) que não existe nos Spring Heel Jack (mais ligados à Avant-Gard, por assim dizer). Por exemplo, "Morning Prayer" tem um titulo apropriado devido à espiritualidade sugerida aliada a uma conjução de sons luminosa, como que a despertar de um sonha. As duas faixas mais longas, "Soul Oscillations" e "Electricity and Drum will change your Mind", são pelo contrário plenas de vigor. Steve Reid incute um groove irresistivel enquanto Kieran Hebden solta sons metálicos que nos jogam directos no meio de uma semi-urbanidade. Este disco é daqueles raros casos em que apetece saltar quando se ouve. Ou então experimentem ouvir no carro a 150 km/h... pensando melhor, é melhor não. :-)

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sexta-feira, março 10, 2006

Nova Mondo Bizarre, a 25!

Já só faltam 75 números para atingir a nº 100 :-) Nesta edição há muitos artigos e entrevistas sobre The Gossip (na capa), Isobel Campbel e Mark Lanegan, Pop Dell Arte, Belle & Sebastian, Gang of Four e um belo artigo sobre Derek Bailey, entre muitos outros. Pela minha parte, a contribui com críticas a discos de Biosphere, Liars, Delia Gonzalez & Gavin Russom, Pulseprogramming e às reedições dos discos da parceria entre o Brian Eno e os Cluster.

De assinalar ainda a lista dos melhores do ano da Mondo Bizarre, para a qual contribui. O Top 5 é o seguinte: 01. Animal Collective - Feels 02. Lcd Soundsystem - Lcd Soundsystem 03. Devendra Banhart - Cripple Crow 04. Antony & The Johnsons - I Am A Bird Now 05. Sufjan Stevens - Illinois
O resto da lista está aqui.

De assinalar ainda que hoje há festa da Mondo Bizarre no Left Bar, em Santos. O Flyer é este:


































Lá estaremos para beber um copo :)

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terça-feira, fevereiro 21, 2006

Ryoji Ikeda "Dataplex" (CD, Raster-Noton, 2005)

A editora alemã Raster-Noton terminou 2005 com uma edição de um dos músicos que mais próximo está da estética desta editora. O japonês Ryoji Ikeda é, de facto, um dos mais importantes e inovadores músicos da área da electrónica experimental, criando ao longo de álbuns como "1000 Fragments", "Op" e "Matrix" um edificio sónico matemático e fragmentário, inspirado no techno mas indo para paragens ofuscadas pela tecnologia. A relação do homem com factores limite criados por essa tecnologia tem sido uma das preocupações de Ryoji Ikeda, indo buscar ao techno o beat para torna-lo num factor de interacção com a percepção que o homem tem da realidade. Para além disso existe uma forte componente visual neste tipo de música, levando este músico a criar instalações artisticas em museus e a lançar o DVD "formula". Um pouco como o que se passa na editora Raster-Noton, onde Ryoji Ikeda já havia lançado o brilhante álbum "Cycle" em parceria com Carsten Nicolai (ou Alva Noto).
"Dataplex" é pois mais um passo na definição deste edificio, com Ryoji Ikeda a explorar uma vez mais toda a gama de frequências de som (há uma advertência no CD de que devido a isso este álbum poderá não ser lido nalguns leitores), lançando a complexidade da informação directamente para os ouvidos do ouvinte. Estabelecendo um paralelo com Alva Noto, enquanto o alemão usa os mesmos elementos como uma forma possivel de movimento e/ou transformação, Ryoji Ikeda trata como informação pura. Daí resulta que "Dataplex" é um álbum bastante "frio" e "agreste", apesar de nalguns momentos um beat derivado do techno (ainda nos genes do japonês) ou uma derivação ruidosa a lembrar Fennesz lançar elementos fisicos e emocionais no todo. Ryoji Ikeda, ainda assim, tem um dominio absoluto no que faz. E este lado 100% cerebral torna "Dataplex" um objecto complexo e fascinante.

Ver também a crítica a "Transpray" do Alva Noto aqui.

PS: Ryoji Ikeda irá tocar na Casa da Música no Porto em abril e Alva Noto e Ryuchi Sakamoto irão tocar em Junho no Coliseu. Serão concertos a não perder : )

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quinta-feira, janeiro 26, 2006

Murcof - Entrevista na Mondo Bizarre







Fernando Corona, músico mexicano conhecido por Murcof, foi entrevistado por mim para a Mondo Bizarre, a propósito dos seus concertos esta semana em Portugal e do álbum "Remembranza", um dos álbuns preferidos deste blog em 2005. A entrevista está aqui.

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terça-feira, dezembro 27, 2005

Morreu Derek Bailey


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sexta-feira, dezembro 16, 2005

30 discos de 2005 - as minhas escolhas dos álbuns

2005 está prestes a chegar ao fim, e chegou o tempo das inumeráveis listas. A minha escolha (pessoal, como é natural) é também um balanço, de um ano marcado por belas edições de editoras como a Leaf e a Raster-Noton. Resta dizer que muitos álbuns ficaram de fora, álbuns que mereciam igualmente destaque. Resta a minha esperança de que outros o façam. Escolher os "melhores" é impossivel, mas escolher os que mais nos marcam é sempre possível. Por isso aqui vão eles:

1 - Colleen - The Golden Morning Breaks - Leaf
2 - Animal Collective - Feels (limited edition) - Fat Cat
3 - Alva Noto Transall Cycle - Raster-Noton
4 - Carlos Bica - Single - Bor Land
5 - Murcof - Remembranza - Leaf
6 - Boards of Canada - The Campfire Headphase - Warp
7 - Gang Gang Dance - God's Money - The Social Registry
8 - Icarus - Carnivalesque - not applicable
9 - Biosphere - Dropsonde - Touch
10 - Deaf Center - Pale Ravine - Type
11 - Buck 65 - Secret House Against the World - Warner
12 - AGF/Delay - Explode - AGF PRODUCKTION
13 - Monolake - polygon_cities - monolake
14 - KTU - 8 Armed Monkey - Rockadillo
15 - Low - The Great Destroyer - Rough Trade
16 - Andrew Pekler - Strings + Feedback - Staubgold
17 - Ali Farka Touré & Toumani Diabaté - In the heart of the moon - World Circuit
18 - Jan Jelinek - Kosmischer Pitch - ~scape
19 - Autechre - Untilted - Warp
20 - Six Organs of Admittance - School of the Flower - Drag City
21 - Vladislav Delay - The Four Quarters - huume
22 - Kubik - Metamorphosia - Zounds Records
23 - Alva Noto + Ryuichi Sakamoto - insen - Raster-Noton
24 - Mark Fell - Ten Types of Elsewhere - 12K
25 - Harmonic 33 - Music for Films, Television & Radio Volume One - Warp
26 - F.S. Blumm - Zweite Meer - Morr Music
27 - Marc Leclair - Musique pour 3 femmes enceintes - Mutek
28 - Iris Garrelfs - Specified Encounters - Bip_Hop
29 - Jane - Berserker - Paw Tracks
30 - Autechre & The Hafler Trio - aeo3 3hae - Die Stadt

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