terça-feira, março 30, 2004
O ROCK VIVE
Está a ser um óptimo inicio de ano para o rock. Não por causa dos novos herois do pop-rock Franz Ferdinand (que tomaram o lugar dos muito mais interessantes Strokes), mas porque a música de um certo rock experimental com origem nos EUA se tornou mais acessível tanto ao nível do som, como ao nível da disponibilidade dos álbuns (tanto para comprar, como para sacar do soulseek).
Dois exemplos:
BLONDE REDHEAD "MISERY IS A BUTTERFLY"
Estes são de Nova Iorque, e já andam a fazer música há muitos anos. Agora surgiu um contrato com a mítica editora 4AD (Pixies, Throwing Muses, Dead Can Dance...), e começam já a ser uma referência para muita gente (são uma óbvia referência dos Deerhoof, que irão ser referidos brevemente), e já há aquele cheirinho a banda lutadora que conseguiu reclamar o seu lugar após muita persistência. Eles cá estão! E cá está um belo álbum, feito de canções que tanto me lembram os Sonic Youth como me lembram os Stereolab, e que mais parece uma banda europeia apesar de serem americanos e da cantora ter origem japonesa. Melting pot de culturas? Nem tanto, nos tempos da globalização já não há grandes diferenças entre jovens de diferentes paises. Mas, e aqui está, é o suficiente para tudo isto soar a uma brisa fresca que entra pela janela.
ONEIDA "SECRET WARS"
Estes gajos também já são cotas. E que evolução desde o outro álbum que ouvi deles, o "Anthem of the Moon"! Agora as canções são contagiantes, a batida insindiosa e continuam a fazer barulho! Alguém falou em Liars? Eles falaram, os Oneida tiveram recentemente colaborações com os Liars e os 25 Suaves, em EPs partilhados. E os paralelismos com o último trabalho dos Liars é realmente grande, e significa acima de tudo uma coisa: finalmente o rock com guitarras foi devolvido ao seu lugar, onde a experimentação/inovação está fortemente ligada a uma forte consciência do passado e a uma capacidade de nos mexer nas entranhas. O rock é físico, os Oneida são físicos, quando ouço o "Secret Wars" revolvem-me as entranhas, apetece-me saltar e ainda tenho tempo para pensar nas letras vagamente anti-guerra deste álbum.
Ah, tem uma canção chamada "Cesar's column"!
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Está a ser um óptimo inicio de ano para o rock. Não por causa dos novos herois do pop-rock Franz Ferdinand (que tomaram o lugar dos muito mais interessantes Strokes), mas porque a música de um certo rock experimental com origem nos EUA se tornou mais acessível tanto ao nível do som, como ao nível da disponibilidade dos álbuns (tanto para comprar, como para sacar do soulseek).
Dois exemplos:
BLONDE REDHEAD "MISERY IS A BUTTERFLY"
Estes são de Nova Iorque, e já andam a fazer música há muitos anos. Agora surgiu um contrato com a mítica editora 4AD (Pixies, Throwing Muses, Dead Can Dance...), e começam já a ser uma referência para muita gente (são uma óbvia referência dos Deerhoof, que irão ser referidos brevemente), e já há aquele cheirinho a banda lutadora que conseguiu reclamar o seu lugar após muita persistência. Eles cá estão! E cá está um belo álbum, feito de canções que tanto me lembram os Sonic Youth como me lembram os Stereolab, e que mais parece uma banda europeia apesar de serem americanos e da cantora ter origem japonesa. Melting pot de culturas? Nem tanto, nos tempos da globalização já não há grandes diferenças entre jovens de diferentes paises. Mas, e aqui está, é o suficiente para tudo isto soar a uma brisa fresca que entra pela janela.
ONEIDA "SECRET WARS"
Estes gajos também já são cotas. E que evolução desde o outro álbum que ouvi deles, o "Anthem of the Moon"! Agora as canções são contagiantes, a batida insindiosa e continuam a fazer barulho! Alguém falou em Liars? Eles falaram, os Oneida tiveram recentemente colaborações com os Liars e os 25 Suaves, em EPs partilhados. E os paralelismos com o último trabalho dos Liars é realmente grande, e significa acima de tudo uma coisa: finalmente o rock com guitarras foi devolvido ao seu lugar, onde a experimentação/inovação está fortemente ligada a uma forte consciência do passado e a uma capacidade de nos mexer nas entranhas. O rock é físico, os Oneida são físicos, quando ouço o "Secret Wars" revolvem-me as entranhas, apetece-me saltar e ainda tenho tempo para pensar nas letras vagamente anti-guerra deste álbum.
Ah, tem uma canção chamada "Cesar's column"!
sexta-feira, março 26, 2004
MONO NA GALERIA ZÉ DOS BOIS - 26 DE MARÇO DE 2004
Ir ouvir um concerto de rock, com guitarras ao alto, com os pulmões a vibrar, é um sentimento especial para quem já assistiu a muitos concertos. É uma sensação de conforto, como o que uma criança sente quando passa um fim de semana fora e depois volta para o seu quarto, junto dos pais, mesmo se o quarto não é nada de especial ou que no fundo lhe apetecesse mais estar com os amigos. É uma atitude simultaneamente comodista, nostalgica e confortável. E foi um pouco isto que senti ontem no concerto dos Mono. Da alternância de cópias chapadas de temas dos godspeed you black emperor! e Mogwai, retirei o meu prazer quando as guitarras tocavam alto, quando a bateria massacrava o cerebro com a sua batida semi-infernal. Nada de novo, portanto, o prazer aqui tinha muito pouco a ver com o facto de se estar a assistir a um concerto verdadeiramente bom. Até que, subitamente, fui atingido por uma vaga de sons, que me fez sentir como se tivesse sido atirado ao chão. O último instrumental dos Mono foi uma cavalgada que me fez lembrar os instrumentais infernais dos Magma (banda francesa de rock progressivo dos anos 70), com uma batida marcial e guitarras altas, muito altas! Acabei em extase e a pensar porque raios é que eles só têm uma música assim. Era muito mais cool se eles fossem eles próprios como foram nesse tema, em vez de copiarem vezes sem conta os seus "mestres".
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Ir ouvir um concerto de rock, com guitarras ao alto, com os pulmões a vibrar, é um sentimento especial para quem já assistiu a muitos concertos. É uma sensação de conforto, como o que uma criança sente quando passa um fim de semana fora e depois volta para o seu quarto, junto dos pais, mesmo se o quarto não é nada de especial ou que no fundo lhe apetecesse mais estar com os amigos. É uma atitude simultaneamente comodista, nostalgica e confortável. E foi um pouco isto que senti ontem no concerto dos Mono. Da alternância de cópias chapadas de temas dos godspeed you black emperor! e Mogwai, retirei o meu prazer quando as guitarras tocavam alto, quando a bateria massacrava o cerebro com a sua batida semi-infernal. Nada de novo, portanto, o prazer aqui tinha muito pouco a ver com o facto de se estar a assistir a um concerto verdadeiramente bom. Até que, subitamente, fui atingido por uma vaga de sons, que me fez sentir como se tivesse sido atirado ao chão. O último instrumental dos Mono foi uma cavalgada que me fez lembrar os instrumentais infernais dos Magma (banda francesa de rock progressivo dos anos 70), com uma batida marcial e guitarras altas, muito altas! Acabei em extase e a pensar porque raios é que eles só têm uma música assim. Era muito mais cool se eles fossem eles próprios como foram nesse tema, em vez de copiarem vezes sem conta os seus "mestres".
quarta-feira, março 24, 2004
UMA VIAGEM AO JAPÃO:
E agora uma viagem até ao outro lado do mundo, entre a electrónica e o rock, espero não me perder na tradução.
MOTOHIRO NAKASHIMA "AND I WENT TO SLEEP"
Nesta primeira viagem encontramos uma revisitação de um subgénero da electrónica, a indietrónica. Tal como é típico, temos aqui uma cruzamento de sons electrónicos/digitais com sons acústicos. Contudo aqui vai-se uma pouco mais longe, evitando-se as armadilhas da revisitação dos anos 80, aparecendo sons francamente mais abstractos que nos novos de Lali Puna ou Telefon Tel Aviv (só para dar dois exemplos), aliados ao mesmo sentimento de discos como o de Alva Noto & Ryuchi Sakamoto do ano passado.
GHOST "HYPNOTIC UNDERWORLD"
Aqui mergulhamos num mundo encharcado de substâncias dopantes revivalista da cena prog dos anos 70. Só que ao contrario dos conterraneos Acid Mothers Temple, aqui há uma visão mais segura do que deve ser uma canção. Muito variado, tanto se aproxima do free jazz, como tem uma veia pop latente, acaba por pecar por ser demasiado longo. Mas o psicadelismo da mistura do rock com tudo o que é esquisito torna este um disco que vale muito a pena.
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E agora uma viagem até ao outro lado do mundo, entre a electrónica e o rock, espero não me perder na tradução.
MOTOHIRO NAKASHIMA "AND I WENT TO SLEEP"
Nesta primeira viagem encontramos uma revisitação de um subgénero da electrónica, a indietrónica. Tal como é típico, temos aqui uma cruzamento de sons electrónicos/digitais com sons acústicos. Contudo aqui vai-se uma pouco mais longe, evitando-se as armadilhas da revisitação dos anos 80, aparecendo sons francamente mais abstractos que nos novos de Lali Puna ou Telefon Tel Aviv (só para dar dois exemplos), aliados ao mesmo sentimento de discos como o de Alva Noto & Ryuchi Sakamoto do ano passado.
GHOST "HYPNOTIC UNDERWORLD"
Aqui mergulhamos num mundo encharcado de substâncias dopantes revivalista da cena prog dos anos 70. Só que ao contrario dos conterraneos Acid Mothers Temple, aqui há uma visão mais segura do que deve ser uma canção. Muito variado, tanto se aproxima do free jazz, como tem uma veia pop latente, acaba por pecar por ser demasiado longo. Mas o psicadelismo da mistura do rock com tudo o que é esquisito torna este um disco que vale muito a pena.
terça-feira, março 23, 2004
AUDIÇÕES BREVES
Estas são primeiras impressões sobre álbuns ouvidos em mp3. O disco "Music by Cavelight" do Blockhead não correspondeu às minhas expectativas. Apesar de estar muito bem feito e produzido, falta qualquer coisa ao nível da composição que me faça esquecer álbuns de sonoridade semelhante, como os de Lemon Jelly e Mr. Scruff. No caso dos To Rococo Rot o caso é mais bicudo. Sou um fã deles e vibrei com o concerto deles na estação de Metro do Chiado. Contudo o álbum "Hotel Morgen" parece demasiado inofensivo, o que me faz pensar que o I-Sound faz muita falta. Os Múm têm desapontado muita gente com o novo álbum que aí vem, mas o single "Nightly Cares" parece demonstrar que há aqui mais qualquer coisa do que uma voz angélica. O instrumental que acompanha a canção é mesmo muito bom, o que deixa boas esperanças para o concerto que aí vem. Quem também aí vem são os japoneses Mono (não confundir com os ingleses que fizeram um dos melhores álbuns de trip-hop de sempre, o "Formica Blues") estarão em Lisboa na 5ª feira. Por agora ouvi o último álbum, que me deixou bastante desapontado. Mas pode ser que ao vivo haja transcendência.
Para breve, audição do novo dos Ghost, que são capa da Wire de Abril.
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Estas são primeiras impressões sobre álbuns ouvidos em mp3. O disco "Music by Cavelight" do Blockhead não correspondeu às minhas expectativas. Apesar de estar muito bem feito e produzido, falta qualquer coisa ao nível da composição que me faça esquecer álbuns de sonoridade semelhante, como os de Lemon Jelly e Mr. Scruff. No caso dos To Rococo Rot o caso é mais bicudo. Sou um fã deles e vibrei com o concerto deles na estação de Metro do Chiado. Contudo o álbum "Hotel Morgen" parece demasiado inofensivo, o que me faz pensar que o I-Sound faz muita falta. Os Múm têm desapontado muita gente com o novo álbum que aí vem, mas o single "Nightly Cares" parece demonstrar que há aqui mais qualquer coisa do que uma voz angélica. O instrumental que acompanha a canção é mesmo muito bom, o que deixa boas esperanças para o concerto que aí vem. Quem também aí vem são os japoneses Mono (não confundir com os ingleses que fizeram um dos melhores álbuns de trip-hop de sempre, o "Formica Blues") estarão em Lisboa na 5ª feira. Por agora ouvi o último álbum, que me deixou bastante desapontado. Mas pode ser que ao vivo haja transcendência.
Para breve, audição do novo dos Ghost, que são capa da Wire de Abril.
sexta-feira, março 19, 2004
YOUNG PEOPLE "YOUNG PEOPLE"
Na música actual torna-se cada vez mais dificil aparecer uma banda/projecto na área do rock que consiga ser inovadora sem parecer inconsequente, que consiga ter emoções à flor da pele sem que com isso ceda à desafinação e/ou instrumentos mal tocados só porque sim. Maus exemplos há às carradas. Mas ficando-me pelos bons exemplos, lembro a Shannon Wright, a Edith Frost, a Rebecca Moore, o Howe Gelb dos Giant Sand ou os Sparklehorse. Os Young People poderiam ser mais uma banda, mas conseguem aguentar um barco a navegar em sons inspirados algures nos Yo La Tengo, nos Tarnation e, ainda mais primordial, nos Velvet Underground. Baseados também na música country americana, partem para um som marcadamente lo-fi, que conquista pela intensidade da voz da cantora (Katie Eastburn, que lembra a PJ Harvey e a Paula Frazer) e pelo noise instrumental de fundo que dá uma muralha de som tosca mas eficaz, como os pequenos ruidos da nossa alma que nos alimentam e nos corroiem. Um belo disco de estreia, já de 2002, que vale a pena descobrir. Tenho mais uma banda para juntar à lista de bons exemplos, portanto.
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Na música actual torna-se cada vez mais dificil aparecer uma banda/projecto na área do rock que consiga ser inovadora sem parecer inconsequente, que consiga ter emoções à flor da pele sem que com isso ceda à desafinação e/ou instrumentos mal tocados só porque sim. Maus exemplos há às carradas. Mas ficando-me pelos bons exemplos, lembro a Shannon Wright, a Edith Frost, a Rebecca Moore, o Howe Gelb dos Giant Sand ou os Sparklehorse. Os Young People poderiam ser mais uma banda, mas conseguem aguentar um barco a navegar em sons inspirados algures nos Yo La Tengo, nos Tarnation e, ainda mais primordial, nos Velvet Underground. Baseados também na música country americana, partem para um som marcadamente lo-fi, que conquista pela intensidade da voz da cantora (Katie Eastburn, que lembra a PJ Harvey e a Paula Frazer) e pelo noise instrumental de fundo que dá uma muralha de som tosca mas eficaz, como os pequenos ruidos da nossa alma que nos alimentam e nos corroiem. Um belo disco de estreia, já de 2002, que vale a pena descobrir. Tenho mais uma banda para juntar à lista de bons exemplos, portanto.
sexta-feira, março 12, 2004
CONTRA O TERRORISMO
Para tudo há uma razão escondida, e é preciso identifica-la e acabar com uma das piores pragas do nosso tempo. Mas neste momento este blog interrompe o seu curso natural para mandar uma mensagem não musical. Que as vitimas do ataque de Madrid sejam confortadas no seu sofrimento, que os responsaveis do ataque em Madrid sejam encontrados e punidos, que se faça algo para que este sofrimento desnecessario não se repita. Basta de sofrimento e dor. Soluções pacificas são necessarias e os criminosos devem ser confrontados com os seus crimes.
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Para tudo há uma razão escondida, e é preciso identifica-la e acabar com uma das piores pragas do nosso tempo. Mas neste momento este blog interrompe o seu curso natural para mandar uma mensagem não musical. Que as vitimas do ataque de Madrid sejam confortadas no seu sofrimento, que os responsaveis do ataque em Madrid sejam encontrados e punidos, que se faça algo para que este sofrimento desnecessario não se repita. Basta de sofrimento e dor. Soluções pacificas são necessarias e os criminosos devem ser confrontados com os seus crimes.
MONDO BIZARRE #18 SAIU!
Com artigos sobre:
Soledad Brothers – Lambchop – Oneida - Fantômas – Bobby Conn – Felt – cLOUDDEAD – Hipnótica - Mr. David Viner – Pearlene - Bernardo Devlin - Liars - Baton Rouge - Vibracathedral Orchestra - Rita Carmo - Shins - Keren Ann/Lady & Bird/Bang Gang - Os Melhores do Ano - Einstürzende Neubauten - Probot - The Ponys - Monster Magnet - Neurosis & Jarboe - The Fiery Furnaces - Franz Ferdinand - Gluecifer - Diamanda Galás - The Vicious 5 - 90 Day Men
É sempre uma boa noticia saber que há uma nova Mondo Bizarre para ler.
Com artigos sobre:
Soledad Brothers – Lambchop – Oneida - Fantômas – Bobby Conn – Felt – cLOUDDEAD – Hipnótica - Mr. David Viner – Pearlene - Bernardo Devlin - Liars - Baton Rouge - Vibracathedral Orchestra - Rita Carmo - Shins - Keren Ann/Lady & Bird/Bang Gang - Os Melhores do Ano - Einstürzende Neubauten - Probot - The Ponys - Monster Magnet - Neurosis & Jarboe - The Fiery Furnaces - Franz Ferdinand - Gluecifer - Diamanda Galás - The Vicious 5 - 90 Day Men
É sempre uma boa noticia saber que há uma nova Mondo Bizarre para ler.
JAMIE LIDELL NO LUX
Um dos melhores performers da música electrónica actual vem finalmente a Portugal!
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Um dos melhores performers da música electrónica actual vem finalmente a Portugal!
quinta-feira, março 11, 2004
LIARS "THEY WERE WRONG SO WE DROWNED"
(hoje não paro)
Mais um disco, que já foi ouvido primeiro em mp3, agora em CD. Estive indeciso entre comprar e não comprar, pois estava mesmo na borderline, mas audições mais recentes levaram-me a decidir pela compra. Os Liars lançam um álbum de charneira que pode significar uma de duas coisas: este é o "The Bends" deles, e o próximo álbum será uma obra-prima ou então vão continuar sempre numa penumbra estranha de banda que promete mas nunca consegue cumprir totalmente o que parece estar latente nela. Assim neste rock com pitadas de industrial e pós-punk, há qualquer coisa que parece estar debaixo da superficie. O tempo dirá. Para já temos aqui um disco rock bem mais interessante que os de Franz Ferdinand ou White Stripes.
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(hoje não paro)
Mais um disco, que já foi ouvido primeiro em mp3, agora em CD. Estive indeciso entre comprar e não comprar, pois estava mesmo na borderline, mas audições mais recentes levaram-me a decidir pela compra. Os Liars lançam um álbum de charneira que pode significar uma de duas coisas: este é o "The Bends" deles, e o próximo álbum será uma obra-prima ou então vão continuar sempre numa penumbra estranha de banda que promete mas nunca consegue cumprir totalmente o que parece estar latente nela. Assim neste rock com pitadas de industrial e pós-punk, há qualquer coisa que parece estar debaixo da superficie. O tempo dirá. Para já temos aqui um disco rock bem mais interessante que os de Franz Ferdinand ou White Stripes.
FRANZ FERDINAND "FRANZ FERDINAND"
Não gosto da voz, é irritante. A música lembra-me Strokes. Eu até gostei do primeiro álbum dos Strokes. Estes Franz Ferdinand não me aquecem, nem arrefecem. São mais uns gajos. Como muitos que andam por aí. Os putos que gostam de rock certamente que se vão agarrar a isto com unhas e dentes, mas eu não vou. Já não tenho pachorra para comida requentada. Se ouvir num bar ou na rádio não fujo, mas reouvir isto espontaneamente duvido. Agora com licença, vou mandar os mp3 para o recicle bin.
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Não gosto da voz, é irritante. A música lembra-me Strokes. Eu até gostei do primeiro álbum dos Strokes. Estes Franz Ferdinand não me aquecem, nem arrefecem. São mais uns gajos. Como muitos que andam por aí. Os putos que gostam de rock certamente que se vão agarrar a isto com unhas e dentes, mas eu não vou. Já não tenho pachorra para comida requentada. Se ouvir num bar ou na rádio não fujo, mas reouvir isto espontaneamente duvido. Agora com licença, vou mandar os mp3 para o recicle bin.
SQUAREPUSHER "ULTRAVISITOR"
Quando há uns anos saiu o "Go Plastic" do Squarepusher fui um dos que pensou que o Tom Jenkinson tinha perdido o norte, com cedências escusadas a um drum'n'bass próximo do UK Garage mais popular. A queda parecia-me inevitavel, mas o álbum "Do you know Squarepusher?" trocou as voltas: apesar de ainda não estar ao seu melhor nível, surpreendia por ter um som mais industrial por vezes a lembrar Coil e por ter uma versão muito fiel do "Love will tear us apart" dos Joy Division. O 2º CD ao vivo desse álbum fazia lembrar os tempos do "Go Plastic", mas ainda assim fiquei com a ideia que o Squarepusher ainda estava longe de estar arrumado. E eis que sai o "Ultravisitor", com uma foto na capa do Tom Jenkinson numa pose que me lembra... Joy Division. Todas as pistas deixadas em "Do you know Squarepusher?" são exploradas agora com mais afinco e convicção, resultando num álbum fortemente personalisado em que as facetas do autor são revisitadas e recontextualizadas num conjunto sólido. As explosões de aplausos aparecem, a lembrar a fúria das actuações ao vivo (que eu testemunhei uma vez em Londres, acreditem, é explosivo). Há muito baixo neste álbum, tocado pelo próprio, a lembrar o "Music is rotted one note". Há drum'n'bass furioso, misturado com trash metal e sonoridades góticas ("Steinbolt"). Há momentos introspectivos e aproximações ao jazz. E há um artista que se reencontrou consigo próprio, e que voltou para nos oferecer um álbum digno dos anteriores "Feed me weird things" e "Music is Rotted one note". Entre a fúria e a calma, entre orgãos de igrejas infernais e paisagens urbanas a lembrar os sons noturnos do Miles Davis.
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Quando há uns anos saiu o "Go Plastic" do Squarepusher fui um dos que pensou que o Tom Jenkinson tinha perdido o norte, com cedências escusadas a um drum'n'bass próximo do UK Garage mais popular. A queda parecia-me inevitavel, mas o álbum "Do you know Squarepusher?" trocou as voltas: apesar de ainda não estar ao seu melhor nível, surpreendia por ter um som mais industrial por vezes a lembrar Coil e por ter uma versão muito fiel do "Love will tear us apart" dos Joy Division. O 2º CD ao vivo desse álbum fazia lembrar os tempos do "Go Plastic", mas ainda assim fiquei com a ideia que o Squarepusher ainda estava longe de estar arrumado. E eis que sai o "Ultravisitor", com uma foto na capa do Tom Jenkinson numa pose que me lembra... Joy Division. Todas as pistas deixadas em "Do you know Squarepusher?" são exploradas agora com mais afinco e convicção, resultando num álbum fortemente personalisado em que as facetas do autor são revisitadas e recontextualizadas num conjunto sólido. As explosões de aplausos aparecem, a lembrar a fúria das actuações ao vivo (que eu testemunhei uma vez em Londres, acreditem, é explosivo). Há muito baixo neste álbum, tocado pelo próprio, a lembrar o "Music is rotted one note". Há drum'n'bass furioso, misturado com trash metal e sonoridades góticas ("Steinbolt"). Há momentos introspectivos e aproximações ao jazz. E há um artista que se reencontrou consigo próprio, e que voltou para nos oferecer um álbum digno dos anteriores "Feed me weird things" e "Music is Rotted one note". Entre a fúria e a calma, entre orgãos de igrejas infernais e paisagens urbanas a lembrar os sons noturnos do Miles Davis.
quarta-feira, março 10, 2004
FESTIVAIS...
Há uma febre de festivais de Verão em Portugal. Começou há alguns anos, e tem vindo a tornar-se mais forte, substituindo a dos "concertos de estádio de futebol". Comenta-se o line-up desses festivais como antigamente se comentava os nomes dos ciclistas da Sicasal e da Troia-Marisco em Agosto durante a Volta a Portugal em Bicicleta. Pois eu nunca me apetece a ir a nenhum desses festivais, mais não são do que um mainstream melhorado com um ou outro artista "mais alternativo", mas sem risco, sem provocação.
Mas a estes festivais ia de certeza.
ATP, em Inglaterra:
MOGWAI »
SHELLAC »
TORTOISE »
BOREDOMS »
CAT POWER »
ISIS »
TRANS AM »
PART CHIMP »
MIKE WATT + THE SECONDMEN »
MIKE WATT + THE JOM & TERRY SHOW »
LIGHTNING BOLT »
KID606 »
TODD »
BOBBY CONN »
ENVY »
JAMES ORR COMPLEX »
ATOMBOMBPOCKETKNIFE »
THE DISHES »
MCLUSKY »
A WHISPER IN THE NOISE »
ENTRANCE »
UZEDA »
STINKING LIZAVETA »
FRENCH TOAST »
AZITA »
CONVERGE »
THE SECONDS »
LUNGFISH »
GROWING
TURBONEGRO »
ACID MOTHERS TEMPLE »
SUN CITY GIRLS »
LUKE HAINES
PAPA M
NOBUKAZU TAKEMURA + AKI TSUYUKO
DEAD MEADOW
ARCWELDER
BOTNLEDJA
PREFUSE 73 »
PHILLIP ROEBUCK
SONIC BOOM
RE~TG também em Inglaterra:
THROBBING GRISTLE
COIL
CARTER TUTTI
THEE MAJESTY
MATMOS
SCANNER
PANSONIC
RICHARD H.KIRK
MERZBOW
BLACK DICE »
PITA (MEGO TAG TEAM)
JIM O'ROURKE (MEGO TAG TEAM)
RUSSELL HASWELL (MEGO TAG TEAM)
F.M EINHEIT
THIGHPAULSANDRA
COH (MEGO TAG TEAM)
PURE (MEGO TAG TEAM)
NORIKO TUJIKO (MEGO TAG TEAM)
Festivais em Portugal? BOF!
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Há uma febre de festivais de Verão em Portugal. Começou há alguns anos, e tem vindo a tornar-se mais forte, substituindo a dos "concertos de estádio de futebol". Comenta-se o line-up desses festivais como antigamente se comentava os nomes dos ciclistas da Sicasal e da Troia-Marisco em Agosto durante a Volta a Portugal em Bicicleta. Pois eu nunca me apetece a ir a nenhum desses festivais, mais não são do que um mainstream melhorado com um ou outro artista "mais alternativo", mas sem risco, sem provocação.
Mas a estes festivais ia de certeza.
ATP, em Inglaterra:
MOGWAI »
SHELLAC »
TORTOISE »
BOREDOMS »
CAT POWER »
ISIS »
TRANS AM »
PART CHIMP »
MIKE WATT + THE SECONDMEN »
MIKE WATT + THE JOM & TERRY SHOW »
LIGHTNING BOLT »
KID606 »
TODD »
BOBBY CONN »
ENVY »
JAMES ORR COMPLEX »
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THE DISHES »
MCLUSKY »
A WHISPER IN THE NOISE »
ENTRANCE »
UZEDA »
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FRENCH TOAST »
AZITA »
CONVERGE »
THE SECONDS »
LUNGFISH »
GROWING
TURBONEGRO »
ACID MOTHERS TEMPLE »
SUN CITY GIRLS »
LUKE HAINES
PAPA M
NOBUKAZU TAKEMURA + AKI TSUYUKO
DEAD MEADOW
ARCWELDER
BOTNLEDJA
PREFUSE 73 »
PHILLIP ROEBUCK
SONIC BOOM
RE~TG também em Inglaterra:
THROBBING GRISTLE
COIL
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THEE MAJESTY
MATMOS
SCANNER
PANSONIC
RICHARD H.KIRK
MERZBOW
BLACK DICE »
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THIGHPAULSANDRA
COH (MEGO TAG TEAM)
PURE (MEGO TAG TEAM)
NORIKO TUJIKO (MEGO TAG TEAM)
Festivais em Portugal? BOF!
segunda-feira, março 08, 2004
NOTICIAS DOS BOARDS OF CANADA
Segundo a Warp (www.warprecords.com):
Boards of Canada's best-selling debut album Music Has The Right To Children will be reissued worldwide on 5th April 2004, featuring the extra track Happy Cycling (Previously available on their Peel Session and on the US version of "Music has the right..") The album will also be fully repackaged in a lush foldout
cardboard Digipak sleeve.
A new album from Boards of Canada will be released in 2004.
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Segundo a Warp (www.warprecords.com):
Boards of Canada's best-selling debut album Music Has The Right To Children will be reissued worldwide on 5th April 2004, featuring the extra track Happy Cycling (Previously available on their Peel Session and on the US version of "Music has the right..") The album will also be fully repackaged in a lush foldout
cardboard Digipak sleeve.
A new album from Boards of Canada will be released in 2004.
sexta-feira, março 05, 2004
HIPNOTICA "RECONCILIATION"
Há uns 4 ou 5 anos atrás (o tempo passa) ouvi pela primeira vez os Hipnotica, quando me emprestaram o primeiro álbum "Enter". A reacção não podia ser melhor: habituado a ouvir bandas portuguesas que tentam desesperadamente estar na moda, mas na realidade estão sempre dois ou três passos atrás, eis que finalmente aparece uma banda com o som certo na altura certa. Foram, de resto, bons anos para a música portuguesa, pois, coincidência ou não, na altura apareceram mais bandas portuguesas que pela primeira vez em muito tempo pareciam estar a viver o seu tempo: Belle Chase Hotel, Stealing Orchestra, Kubik, Clockwork, The Gift e, claro, os citados Hipnotica. O tempo passou, e os Clockwork desapareceram (andam por aí os Bildmeister), os The Gift tornaram-se a banda do Nuno Galopim e os Belle Chase Hotel andam um pouco desaparecidos. No fundo o espectro estreitou-se para três bandas (os Stealing Orchestra editaram um belo álbum no ano passado), e a expectativa em relação ao "Reconciliation" era equivalente ao medo de ver os Hipnotica também a diluirem-se na memória.
Receios infundados. Logo à primeira audição voltei a ter exactamente a mesma sensação que tive com o "Enter": a de estar a ouvir algo novo. Muito baseado em sons não tão modernos (há aqui muita coisa a lembrar a Alice Coltrane), mas numa perspectiva ainda pós-rock, como se os Tortoise e os Sofa Surfers se juntassem para fazer música. Lisboa, curiosamente, aparenta ficar no meio, entre Chicago e Viena. Também o "Reconciliation" faz um pouco mesmo, musicalmente. E se o primeiro tema "Apart from la folie ordinaire" é muito bom, as duas últimas canções são excelentes. "Voyage to innerself" é electrónica impregmentada de jazz que tanto lembra paisagens japonesas como os Tortoise dos tempos do "TNT", enquanto que "Morocco" é uma nova viagem interior, algures entre DJ Shadow e os ambientes mais escuros do dark-ambiente (há ecos de Steve Roach neste tema). Um disco excelente, que por acaso é português.
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Há uns 4 ou 5 anos atrás (o tempo passa) ouvi pela primeira vez os Hipnotica, quando me emprestaram o primeiro álbum "Enter". A reacção não podia ser melhor: habituado a ouvir bandas portuguesas que tentam desesperadamente estar na moda, mas na realidade estão sempre dois ou três passos atrás, eis que finalmente aparece uma banda com o som certo na altura certa. Foram, de resto, bons anos para a música portuguesa, pois, coincidência ou não, na altura apareceram mais bandas portuguesas que pela primeira vez em muito tempo pareciam estar a viver o seu tempo: Belle Chase Hotel, Stealing Orchestra, Kubik, Clockwork, The Gift e, claro, os citados Hipnotica. O tempo passou, e os Clockwork desapareceram (andam por aí os Bildmeister), os The Gift tornaram-se a banda do Nuno Galopim e os Belle Chase Hotel andam um pouco desaparecidos. No fundo o espectro estreitou-se para três bandas (os Stealing Orchestra editaram um belo álbum no ano passado), e a expectativa em relação ao "Reconciliation" era equivalente ao medo de ver os Hipnotica também a diluirem-se na memória.
Receios infundados. Logo à primeira audição voltei a ter exactamente a mesma sensação que tive com o "Enter": a de estar a ouvir algo novo. Muito baseado em sons não tão modernos (há aqui muita coisa a lembrar a Alice Coltrane), mas numa perspectiva ainda pós-rock, como se os Tortoise e os Sofa Surfers se juntassem para fazer música. Lisboa, curiosamente, aparenta ficar no meio, entre Chicago e Viena. Também o "Reconciliation" faz um pouco mesmo, musicalmente. E se o primeiro tema "Apart from la folie ordinaire" é muito bom, as duas últimas canções são excelentes. "Voyage to innerself" é electrónica impregmentada de jazz que tanto lembra paisagens japonesas como os Tortoise dos tempos do "TNT", enquanto que "Morocco" é uma nova viagem interior, algures entre DJ Shadow e os ambientes mais escuros do dark-ambiente (há ecos de Steve Roach neste tema). Um disco excelente, que por acaso é português.
quinta-feira, março 04, 2004
No Fórum Sons perguntou-se quais são os discos da nossa vida. Eu escolho estes, sem nenhuma ordem especial:
REM "Murmur"
Pixies "Bossanova"
U2 "The Unforgettable Fire"
Faith no More "Angel Dust"
Sonic Youth "Evol"
Future Sound of London "Lifeforms"
Mercury Rev "Yerself is Steam"
The Young Gods "L'Eau Rouge"
Einstürzende Neubauten "Tabula Rasa"
Tortoise "Millions now living will never die"
Portishead "Dummy"
Nirvana "Nevermind"
Autechre "Tri Repetae"
Sepultura "Chaos AD"
Disposable Heroes of Hiphoprisy "Hypocrisy is the Greatest Luxury"
Björk "Debut"
Mão Morta "Mutantes S21"
godspeed you black emperor! "slow riot for a new zero kanada"
Pulp "Different Class"
Radiohead "Pablo's Honey"
E certamente que me estou a esquecer de uns quantos... E fico a pensar que nestas coisas muitas vezes não é qualidade que conta, mas mais o momento em que são ouvidos.
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REM "Murmur"
Pixies "Bossanova"
U2 "The Unforgettable Fire"
Faith no More "Angel Dust"
Sonic Youth "Evol"
Future Sound of London "Lifeforms"
Mercury Rev "Yerself is Steam"
The Young Gods "L'Eau Rouge"
Einstürzende Neubauten "Tabula Rasa"
Tortoise "Millions now living will never die"
Portishead "Dummy"
Nirvana "Nevermind"
Autechre "Tri Repetae"
Sepultura "Chaos AD"
Disposable Heroes of Hiphoprisy "Hypocrisy is the Greatest Luxury"
Björk "Debut"
Mão Morta "Mutantes S21"
godspeed you black emperor! "slow riot for a new zero kanada"
Pulp "Different Class"
Radiohead "Pablo's Honey"
E certamente que me estou a esquecer de uns quantos... E fico a pensar que nestas coisas muitas vezes não é qualidade que conta, mas mais o momento em que são ouvidos.
quarta-feira, março 03, 2004
Para ouvir
Aqui vai uma lista discos que irão ser lançados brevemente e que conto ouvir:
Many Fingers - Many Fingers
Squarepusher - Ultravisitor
Deadbeat - Something Borrowed, Something Blue
Errorsmith - Near Disco Dawn: Live Recordings 2001-2003
The Orb - Bicycles & Tricycles
OOIOO - Kila Kila Kila
Shannon Wright - Over the Sun
To Rococo Rot - Hotel Morgan
Blockhead - Music By Cavelight
Mission Of Burma - ONoffOn
Reverbaphon - Our Hearts Beat With Joy
Black Dice - Creature Comforts
David Grubbs - A Guess At The Riddle
Venetian Snares - Huge Chrome Cylinder Box Unfolding
Luke Vibert & Jean-Jaques Perrey - Moog Acid
E segundo a Ampola, vem aí novo álbum dos Sonic Youth!
Vamos lá então procurar as promos no soulseek.
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Aqui vai uma lista discos que irão ser lançados brevemente e que conto ouvir:
Many Fingers - Many Fingers
Squarepusher - Ultravisitor
Deadbeat - Something Borrowed, Something Blue
Errorsmith - Near Disco Dawn: Live Recordings 2001-2003
The Orb - Bicycles & Tricycles
OOIOO - Kila Kila Kila
Shannon Wright - Over the Sun
To Rococo Rot - Hotel Morgan
Blockhead - Music By Cavelight
Mission Of Burma - ONoffOn
Reverbaphon - Our Hearts Beat With Joy
Black Dice - Creature Comforts
David Grubbs - A Guess At The Riddle
Venetian Snares - Huge Chrome Cylinder Box Unfolding
Luke Vibert & Jean-Jaques Perrey - Moog Acid
E segundo a Ampola, vem aí novo álbum dos Sonic Youth!
Vamos lá então procurar as promos no soulseek.
Reaudição: GIANT SAND "CHORE OF ENCHANTMENT"
Ontem foi dia de re-ouvir este álbum dos Giant Sand, a banda do Howe Gelb mais o Joey Burns e o John Convertino dos Calexico. O Howe Gelb é certamente uma das personalidades mais peculiares da música actual, como foi possivel testemunhar no ano passado ao vivo num concerto em Lisboa. Este álbum corresponde justamente ao melhor momento deste músico americano, tendo sido editado pouco depois do belo disco a meias com a Lisa Germano, nos OP8. As canções são envolventes, apesar de aparentemente mal alinhavadas, e faz-me sentir um pouco nostalgico de uma época em que o Alt Country me parecia fazer sentido. O que se passou depois é conhecido: o Howe Gelb passou para uma carreira a solo, pois o aumento forte da popularidade dos Calexico tornou incompativel a manutenção dos Giant Sand, e actualmente a magia destes tempos que nos deram álbuns como "Slush" dos OP8, "The Black Light" dos Calexico e este "Chore of Enchantment" dificilmente se repetirá. Resta-me ouvir estes discos e dar largas à minha veia nostalgica.
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Ontem foi dia de re-ouvir este álbum dos Giant Sand, a banda do Howe Gelb mais o Joey Burns e o John Convertino dos Calexico. O Howe Gelb é certamente uma das personalidades mais peculiares da música actual, como foi possivel testemunhar no ano passado ao vivo num concerto em Lisboa. Este álbum corresponde justamente ao melhor momento deste músico americano, tendo sido editado pouco depois do belo disco a meias com a Lisa Germano, nos OP8. As canções são envolventes, apesar de aparentemente mal alinhavadas, e faz-me sentir um pouco nostalgico de uma época em que o Alt Country me parecia fazer sentido. O que se passou depois é conhecido: o Howe Gelb passou para uma carreira a solo, pois o aumento forte da popularidade dos Calexico tornou incompativel a manutenção dos Giant Sand, e actualmente a magia destes tempos que nos deram álbuns como "Slush" dos OP8, "The Black Light" dos Calexico e este "Chore of Enchantment" dificilmente se repetirá. Resta-me ouvir estes discos e dar largas à minha veia nostalgica.
terça-feira, março 02, 2004
cLOUDDEAD de volta
Os cLOUDDEAD, uma das pontas de lança da Anticon, acabam de lançar um álbum novo (o "Ten") e um 12" novo ("Dead Dogs Two", com uma remistura dos Boards of Canada), na Europa através da Big Dada (da Ninja Tune). Desde a primeira vez que ouvi coisas da Anticon (justamente o "cLOUDDEAD", primeiro álbum deles) muita coisa evoluiu, não só no som característico deste movimento, mas também na forma como me relaciono nesta estranha música, algures entre o HipHop, a Folk e a Electrónica (e algum fumo dos My Bloody Valentine). Já plenamente conquistado pelos últimos álbuns de Sole e Alias, é com um enorme prazer que ouço agora estes discos, que são o resultado da maturação de um projecto que está agora a atingir o seu pico de criatividade. Isto não é bem HipHop, mas é provavelmente a música mais inovadora que se consegue achar no mercado. Ouçam, portanto, este disco, e deixem-se levar pelas palavras abstractas do Doseone e do Why?. Um dos discos do ano, certamente.
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Os cLOUDDEAD, uma das pontas de lança da Anticon, acabam de lançar um álbum novo (o "Ten") e um 12" novo ("Dead Dogs Two", com uma remistura dos Boards of Canada), na Europa através da Big Dada (da Ninja Tune). Desde a primeira vez que ouvi coisas da Anticon (justamente o "cLOUDDEAD", primeiro álbum deles) muita coisa evoluiu, não só no som característico deste movimento, mas também na forma como me relaciono nesta estranha música, algures entre o HipHop, a Folk e a Electrónica (e algum fumo dos My Bloody Valentine). Já plenamente conquistado pelos últimos álbuns de Sole e Alias, é com um enorme prazer que ouço agora estes discos, que são o resultado da maturação de um projecto que está agora a atingir o seu pico de criatividade. Isto não é bem HipHop, mas é provavelmente a música mais inovadora que se consegue achar no mercado. Ouçam, portanto, este disco, e deixem-se levar pelas palavras abstractas do Doseone e do Why?. Um dos discos do ano, certamente.
Problema técnico resolvido: já é possivel fazer comentários no Blog!
A partir de agora, começam os posts a sério: ferozes críticas a discos de HipHop comercial e elogios enormes aos Autechre, Skinny Puppy, Tortoise e El-P.
Fasten your seat belts!
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A partir de agora, começam os posts a sério: ferozes críticas a discos de HipHop comercial e elogios enormes aos Autechre, Skinny Puppy, Tortoise e El-P.
Fasten your seat belts!
BOAS VINDAS!!!
Ao Luís, que encontrou o seu espaço para se lamentar! Muito bem!!! :D
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Ao Luís, que encontrou o seu espaço para se lamentar! Muito bem!!! :D
DANI SICILIANO NO LUX
Devo dizer que o disco da Dani ainda não me conquistou (embora ainda não o tenha posto de lado), e quando parti para o Lux ia na expectativa de ser definitivamente conquistado pela sonoridade da Dani. E, então, depois de uma espera secante no Lux até à hora do concerto (cada vez aquele sitio me irrita mais, com aquele design clean/gay de trazer por casa), lá fui para baixo assistir ao concerto já depois da 1 da manhã (óptimo para quem no dia seguinte tinha que trabalhar cedo ). E houve o concerto... bem, resumo de um concerto, diria eu, é que foi extremamente curto, talvez uns 50 minutos, se tanto! Mas tudo bem, podia ser muito bom os 50 minutos, podiam valer por 70, blá, blá. Não foram. Foram 50 minutos secantes. O concerto foi muito fraco, com a Dani a tomar opções estéticas que podem render um concerto "energético" e com capacidade de "puxar pela audiência", mas sem imaginação, criatividade e, acima de tudo, com um enorme desperdicio de talento. Em vez de um concerto que explorasse o lado mais inventivo da Dani (a fusão da "microtrónica" com elementos de jazz a lembrar Miles Davis), assistiu-se a uma capitulação ao som mais popular do triângulo das Bermudas: o HipHop pegajoso do Timbaland (lembrei-me da Missy Elliott), o electroclash (AAAAAAAAAAARGH!) e o TripHop de antanho dos Lamb (!) e dos Gift (!!!!). Bem, funcionou muito bem no Lux: aquela malta queria exactamente aquilo! Um concerto com a energia do rock! Mas... sem a subtileza de sentimentos de que a Dani é capaz... Já assisti a um concerto sem uma única cedência ao popularucho (igualmente energético) pela parte do amigo dela, o Jamie Lidell, e apetece-me dizer que a Dani fazia bem em ver o que ele faz com atenção: um electrofunk microelectrónico marado e acima de tudo, futurista. A Dani não foi futurista: foi involuntáriamente retro. Restou a simpatia da Dani Siciliano e a demonstração de que ela tem realmente muito talento. Está é a ser um pouco desperdiçado. Talvez daqui a uns tempos, com a máquina oleada, a coisa resulte melhor, mas por enquanto os meus anticorpos anti-Gift começaram de imediato a actuar...
Ah, um 6/10.
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Devo dizer que o disco da Dani ainda não me conquistou (embora ainda não o tenha posto de lado), e quando parti para o Lux ia na expectativa de ser definitivamente conquistado pela sonoridade da Dani. E, então, depois de uma espera secante no Lux até à hora do concerto (cada vez aquele sitio me irrita mais, com aquele design clean/gay de trazer por casa), lá fui para baixo assistir ao concerto já depois da 1 da manhã (óptimo para quem no dia seguinte tinha que trabalhar cedo ). E houve o concerto... bem, resumo de um concerto, diria eu, é que foi extremamente curto, talvez uns 50 minutos, se tanto! Mas tudo bem, podia ser muito bom os 50 minutos, podiam valer por 70, blá, blá. Não foram. Foram 50 minutos secantes. O concerto foi muito fraco, com a Dani a tomar opções estéticas que podem render um concerto "energético" e com capacidade de "puxar pela audiência", mas sem imaginação, criatividade e, acima de tudo, com um enorme desperdicio de talento. Em vez de um concerto que explorasse o lado mais inventivo da Dani (a fusão da "microtrónica" com elementos de jazz a lembrar Miles Davis), assistiu-se a uma capitulação ao som mais popular do triângulo das Bermudas: o HipHop pegajoso do Timbaland (lembrei-me da Missy Elliott), o electroclash (AAAAAAAAAAARGH!) e o TripHop de antanho dos Lamb (!) e dos Gift (!!!!). Bem, funcionou muito bem no Lux: aquela malta queria exactamente aquilo! Um concerto com a energia do rock! Mas... sem a subtileza de sentimentos de que a Dani é capaz... Já assisti a um concerto sem uma única cedência ao popularucho (igualmente energético) pela parte do amigo dela, o Jamie Lidell, e apetece-me dizer que a Dani fazia bem em ver o que ele faz com atenção: um electrofunk microelectrónico marado e acima de tudo, futurista. A Dani não foi futurista: foi involuntáriamente retro. Restou a simpatia da Dani Siciliano e a demonstração de que ela tem realmente muito talento. Está é a ser um pouco desperdiçado. Talvez daqui a uns tempos, com a máquina oleada, a coisa resulte melhor, mas por enquanto os meus anticorpos anti-Gift começaram de imediato a actuar...
Ah, um 6/10.
segunda-feira, março 01, 2004
Irá ser um destes álbuns o meu disco do ano de 2004?
Mudança de layout (assim é mais agradável) e introdução de uma novidade: os discos de 2004 ouvidos, e com notas! E assim acontece...
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Aqui estou eu de novo! Vou arrancar em definitivo com o Blog, apesar de algumas questões técnicas não estarem resolvidas (falta a hipótese de colocar comentários). Haja tempo para resolver essa questão. Mas a partir de hoje contem com actualizações regulares deste Blog, normalmente sempre sobre música!
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